A China "vai acelerar a reunificação", manchetou o Global Times, ligado ao PC, no momento em que a "número 3 dos EUA" chegou a Taiwan. Em editorial, disse que "as contramedidas não serão pontuais e sim uma combinação de ações de longo prazo, de avanço constante".

Seu colunista Hu Xijin falou que os militares irão "eliminar as consequências da visita com a escalada de operações". Por Weibo e Twitter, acrescentou que Pelosi "abre nova era de competição de alta intensidade" entre Washington e Pequim. "Taiwan fica perto da China continental e temos muitas cartas em nossas mãos."

Veículos como Guancha, de Xangai, Nanfang Zhoumo, de Guangzhou, e depois o próprio Global Times, de Pequim, destacaram os exercícios militares anunciados para o entorno de Taiwan, estendendo-se até o fim de semana —com o mapa acima e as coordenadas, reproduzindo informações da agência Xinhua.

O Guancha salientou ainda o artigo "Transformando a crise da visita numa oportunidade para acelerar a reunificação", da jornalista taiwanesa Huang Zhixian, enquanto o South China Morning Post, de Hong Kong, chamou no alto da home page a coluna "Escalada é quase certa após visita", de Alex Lo.

BLOQUEIO

Mapa e coordenadas também surgiram no alto do Zhongguo Shibao ou China Times, um dos principais de Taipé, com as chamadas "Pior do que a crise dos mísseis!", referência ao impasse militar no estreito de Taiwan em 1996, e "Pelosi acabou de desembarcar no exercício militar do Exército de Libertação Popular!".

Durante três dias, afirma o jornal, a operação chinesa "equivale a um bloqueio de Taiwan".

O mapa foi ainda a manchete online do Pingguo Ribao ou Apple Daily, outro veículo popular de Taipé, ligado ao tabloide de mesmo nome em Hong Kong, fechado no ano passado.

Nos EUA, o New York Times manchetou inicialmente que a "Viagem de Pelosi a Taiwan testa China" e "deve provocar forte resposta". E veículos econômicos como Bloomberg e Wall Street Journal ​chamaram para os "dias de exercícios militares em torno de Taiwan".