Siga a folha

Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu toda mídia

Já se projetam 'milagres' de Xi e Li para empresas e tecnologia

Foco do líder chinês com trocas é guerra tecnológica com EUA, diz SCMP; provável primeiro-ministro tem histórico de criar condições para empreendimentos como Alibaba e Tesla, diz WSJ

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Na capa do Renmin Ribao, o Diário do Povo (abaixo), do PC chinês, a manchete foi para o fim do congresso. Mais embaixo, o registro de que Xi Jinping presidiu e "fez um importante discurso", destacando-se:

"Estamos totalmente confiantes e capazes de criar novos e maiores milagres que impressionarão o mundo."

Foi a frase separada pelo Semafor, novo site americano para cobertura global, que vem dando atenção à mídia, neste início de sua operação.

Nos textos "Como a mídia de língua chinesa cobriu o [anúncio do] terceiro mandato de Xi" e "Como a TV na China está cobrindo o congresso", o site trata por "China" a chamada Grande China.

Além do Renmin Ribao e da CCTV, do continente, acompanha jornais e TVs em chinês de Hong Kong (Ta Kung Pao, Ming Pao e TVB), Taiwan (Lianhe Bao, Zìyou Shibao e TTV) e Cingapura (Lianhe Zaobao e CNA).

O Ta Kung Pao, por exemplo, salientou a mesma frase de Xi, sobre "criar novos milagres", enquanto o Lianhe Bao manchetou, na edição impressa, a "vitória para o exército de Xi".

Mas foram dois jornais em inglês que venceram a disputa especulativa de semanas para adiantar o Comitê Permanente do PC, de sete membros, que concentra o poder na China.

O South China Morning Post, de Hong Kong, deu no início da semana que as mudanças seriam profundas, com nomes como Li Qiang. Também o Wall Street Journal acertou Li Qiang e outros, com mais precisão, em texto do correspondente baseado em Taiwan, Josh Chin.

Vencidas as apostas, SCMP e WSJ soltaram análises no domingo sobre o que as mudanças podem trazer para a economia.

O primeiro manchetou que as "novas faces" do comitê visam "enfrentar a 'complexidade sem paralelo' do novo mandato", citando expressão usada em discurso por Xi. "As escolhas apontam para preferência por experiência em ciência e tecnologia", diz o jornal.

O segundo perfilou Li, provável primeiro-ministro, enfatizando que "homens de negócios que lidaram com ele ao longo dos anos estão otimistas quanto ao efeito que pode ter sobre a economia". Foi um "amigo das empresas" nas regiões que chefiou, ajudando a dar condições para Alibaba em Hangzhou e Tesla em Xangai.

Até o problema que enfrentou em Xangai, com surto de Covid-19, é creditado ao fato de ter "tentado abordagem mais leve para pandemia".

GUERRA PERDIDA?

A pressão americana sobre a taiwanesa TSMC, para não fabricar chips de alta tecnologia para o mercado chinês, teria levado à suspensão de sua produção dos novos semicondutores da chinesa Biren, "por ora", noticiou a Bloomberg.

Mas a mesma Bloomberg, que cobre passo a passo os ataques de Washington contra Pequim, arrisca que a "Guerra de chips dos EUA com a China já pode estar perdida" (reprodução acima), citando os gastos com pesquisa e desenvolvimento e o volume de estudos sobre inteligência artificial publicados.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas