Na newsletter Sinocism, tradicional agregador de mídia chinesa e americana, "a ausência de vazamentos confiáveis tão perto do início do congresso do PC é notável". Desta vez, "nem rumores" aceitáveis sobre o encontro que começa no domingo.
Refere-se ao sobe-e-desce no poder. "Neste momento, estamos todos adivinhando", chutando, mas ainda é possível achar textos "úteis".
Começa pela Caixin, de Pequim, com a ascensão de três nomes ao Politburo, em decisão que saltou um dos mais votados, Wang Yongkang, citado num escândalo de corrupção.
Já a Bloomberg produziu reportagem visual "fascinante", mostrando que Xi Jinping usou táticas como o combate à corrupção para romper o poder de lideranças anteriores e o "apadrinhamento".
"Uma figura-chave a ser observada, de fora do campo de Xi, é Hu Chunhua", ressalta o serviço financeiro. "A elevação de Hu, um protegido do ex-presidente Hu Jintao, pode indicar uma reação significativa a Xi dentro do partido."
A Sinocism discorda. "É muito discutível que Hu Chunhua indique reação a Xi por ele ser da Liga da Juventude Comunista. Hu trabalhou duro para se separar dessa facção. Se ele conseguir o cargo de primeiro-ministro, por favor, desconfie de quaisquer alegações de que isso evidencia resistência a Xi."
Também a Reuters fez suas apostas, de que Ding Xuexiang vai para o Comitê Permanente do Politburo, de sete membros, como "porteiro de Xi"; e de que "o ‘liberal’ Wang Yang é possível primeiro-ministro".
Sobre isso, a Sinocism critica a "fantasia de Wang Yang" como liberal, nos EUA, mas avisa que ela pegou e, "se ele se tornar primeiro-ministro, provavelmente haverá alta nas ações da China e Hong Kong".
SILÊNCIO SOBRE CHIPS, POR ENQUANTO
Também a reação chinesa ao principal tiro americano pré-congresso, o veto à venda de chips para a China, tem sido "muda", anota a newsletter —avisando porém que pode haver retaliações contra a Boeing ou contra o acesso dos EUA a terras raras, mais à frente.
EUA JÁ RECUAM?
A Bloomberg destacou que a taiwanesa TSMC, maior empresa de chips do mundo e principal alvo do veto americano, anunciou "uma bomba", um corte de 10% nos investimentos.
Fim do dia e, no South China Morning Post, "TSMC obtém um ano de suspensão das restrições dos EUA, evitando impacto imediato" das sanções na relação da gigante com a China.
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