Correspondente da Folha na Ásia
Desmatamento cai e, com ele, a 'decepção' com Lula
Veículos europeus, americanos e chineses destacam redução de 34% no ritmo da perda da floresta amazônica
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Mais até do que a reforma tributária, ecoou no exterior no final da semana a redução no desmatamento no primeiro semestre, no Brasil.
No título da agência de notícias americana Associated Press, em extenso relato, "Nos primeiros seis meses de Lula, o desmatamento da Amazônia brasileira caiu 34%, invertendo a tendência sob Bolsonaro". Também por BBC e outros ocidentais, recorrendo à AP.
Na agência chinesa Xinhua, "O desmatamento na floresta amazônica brasileira diminuiu quase 34% em relação ao ano anterior". No canal de notícias Ifeng (Fênix), com destaque para a ministra Marina Silva (abaixo), "Governo brasileiro diz que desmatamento está melhorando".
No Libération e por outros franceses, como Le Monde, a cobertura decepcionada com Lula de duas semanas atrás mudou para "No Brasil, desmatamento caiu drasticamente desde a chegada de Lula ao poder". O Libé ouviu, do Observatório Brasileiro do Clima, que é efeito das operações de fiscalização e combate.
"Resumindo, estamos priorizando a aplicação da lei ambiental", falou à AP o diretor de proteção ambiental do Ibama, Jair Schmitt. A agência anota que os dados vêm um mês antes da cúpula programada para Belém, no Pará, visando articular as ações dos países amazônicos.
Um encontro preparatório para a cúpula levou Lula a se reunir no fim de semana, numa cidade da Colômbia colada à fronteira, com o colega Gustavo Petro. A cobertura no país trouxe enunciados como "Leticia, epicentro do 'grande acordo' da Amazônia", no Vanguardia, e "Petro e Lula da Silva: uma cúpula para o futuro da floresta", no El Tiempo.
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