Com o pano de fundo da "tentativa de golpe" na Rússia, Celso Amorim, assessor de Lula para política externa, participa neste fim de semana de encontro chamado por Jake Sullivan, seu colega da Casa Branca.
É o que informa a Bloomberg, destacando que "EUA e União Europeia vão cortejar Brasil e Índia" e acrescentando detalhes à notícia do Financial Times, de que Sullivan iria procurar "os outros membros do Brics", fora a Rússia, diante da "lenta" contraofensiva ucraniana.
"A China ainda não confirmou se irá comparecer, e a lista completa de participantes não foi finalizada", diz o serviço, mas a África do Sul também vai, assim como "uma autoridade ucraniana de alto nível".
Com a capa acima, veiculada quase ao mesmo tempo que o discurso de Lula na Torre Eiffel, o francês Libération destacou sua "decepção" com o presidente brasileiro por "suas posições antiatlanticistas", no sentido de contrárias aos interesses de EUA e Europa.
Sob o título "O falso amigo dos ocidentais", o texto interno sublinha "suas posições muito distantes das posições dos europeus e dos americanos". Lula não se mostra "o aliado precioso que esperavam, principalmente" em relação à guerra na Ucrânia.
O líder da esquerda francesa, Jean-Luc Mélenchon, criticou os "atlanticistas" do tabloide, considerado de esquerda, dizendo ser "lamentável" cobrar Lula por não se "alinhar o suficiente" ao Ocidente. Quase um dia depois, o Libé entrevistou Celso Amorim.
Além do título-citação "Nós queremos que o Brasil seja visto como um ator internacional importante", destacado pelo jornal, ele deu declarações como: "Condenar é muito fácil. Faz bem para a consciência, mas muitas vezes não dá resultado".
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