Referência em mídia social para Faria Lima e o mercado financeiro global, Robin Brooks, economista-chefe da associação mundial de bancos, segue apostando no Brasil. Mas agora informa que, mesmo "com os enormes superávits comerciais [em vermelho, no gráfico abaixo], a conta corrente [em preto] ainda não está superavitária".
Explica que é porque "grande parte do agronegócio que impulsiona as exportações é de propriedade estrangeira, portanto, há grandes pagamentos de dividendos e juros [em laranja] indo para o exterior". Ele acredita que "esse fluxo diminuirá com o tempo" e "já começou a transformação do Brasil em país superavitário em conta corrente".
PILHA DE DÍVIDAS CORPORATIVAS
O francês Le Monde volta ao caso Americanas, "um dos mais graves escândalos da história do Brasil", e a Bloomberg parte dele para alertar que a economia enfrentará dificuldades na frente corporativa.
Com o título "Traders nervosos empurram pilha de dívidas em estresse para US$ 12 bilhões", a Bloomberg destaca que o salto dessa dívida corporativa está em 26% no ano e que as "empresas enfrentam um muro de vencimentos em 2025 e 2026". Trechos do texto:
"Os investidores ficaram ainda mais ansiosos com os títulos desde o brusco e histórico colapso da Americanas, descarregando as dívidas corporativas ao menor indício de estresse. Empresas altamente alavancadas lutam para pagar credores e cobrir despesas depois que o Banco Central elevou os juros de apenas 2% para 13,75% e a Americanas implodiu. O aumento da negociação de dívidas sinaliza risco crescente de reestruturações e inadimplências de empresas que contraíram empréstimos pesadamente quando os juros estavam baixos."
Por outro lado, a Reuters (abaixo) e a mesma Bloomberg projetam que a redução dos juros no mundo pode começar pela América Latina, primeiro no Chile e em seguida no Brasil.
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