Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Com agro 'estrangeiro', superávit comercial não basta

Envio de dividendos evita superávit em conta corrente, aponta 'o careca' Robin Brooks, do IIF, que mantém aposta no país

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Referência em mídia social para Faria Lima e o mercado financeiro global, Robin Brooks, economista-chefe da associação mundial de bancos, segue apostando no Brasil. Mas agora informa que, mesmo "com os enormes superávits comerciais [em vermelho, no gráfico abaixo], a conta corrente [em preto] ainda não está superavitária".

Explica que é porque "grande parte do agronegócio que impulsiona as exportações é de propriedade estrangeira, portanto, há grandes pagamentos de dividendos e juros [em laranja] indo para o exterior". Ele acredita que "esse fluxo diminuirá com o tempo" e "já começou a transformação do Brasil em país superavitário em conta corrente".

Reprodução/Institute of International Finance

PILHA DE DÍVIDAS CORPORATIVAS

O francês Le Monde volta ao caso Americanas, "um dos mais graves escândalos da história do Brasil", e a Bloomberg parte dele para alertar que a economia enfrentará dificuldades na frente corporativa.

Com o título "Traders nervosos empurram pilha de dívidas em estresse para US$ 12 bilhões", a Bloomberg destaca que o salto dessa dívida corporativa está em 26% no ano e que as "empresas enfrentam um muro de vencimentos em 2025 e 2026". Trechos do texto:

"Os investidores ficaram ainda mais ansiosos com os títulos desde o brusco e histórico colapso da Americanas, descarregando as dívidas corporativas ao menor indício de estresse. Empresas altamente alavancadas lutam para pagar credores e cobrir despesas depois que o Banco Central elevou os juros de apenas 2% para 13,75% e a Americanas implodiu. O aumento da negociação de dívidas sinaliza risco crescente de reestruturações e inadimplências de empresas que contraíram empréstimos pesadamente quando os juros estavam baixos."

Por outro lado, a Reuters (abaixo) e a mesma Bloomberg projetam que a redução dos juros no mundo pode começar pela América Latina, primeiro no Chile e em seguida no Brasil.

Reprodução/Reuters

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