Correspondente da Folha na Ásia
Faltaram 'muitos líderes', destaca WSJ, listando China, França, Índia, Rússia
Biden discursa por 'união' na ONU, mas está mais preocupado em viabilizar uma cúpula com Xi Jinping ainda este ano
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Não foi possível encontrar quem tenha dado destaque ao discurso de Lula na ONU, fora do Brasil. Mas nem o New York Times conseguiu ficar muito tempo com o discurso de Joe Biden no alto, talvez pela falta de apelo de seu pedido por "união" no mundo.
O Wall Street Journal, também de Nova York, só foi dar atenção após o discurso e para baixo da décima chamada, dizendo que Biden pediu "ação coletiva", porém: "Muitos líderes mundiais se ausentaram, incluindo os da China, França, Índia, Rússia e Reino Unido, complicando um consenso".
Acima de tudo, faltou Xi Jinping. Os últimos dias foram de sinais via mídia, sobretudo da parte de Biden, buscando viabilizar um encontro de ambos em novembro.
Na própria ONU, no destaque da Associated Press, o secretário Antony "Blinken encontra vice chinês conforme contatos EUA-China aumentam antes de possível cúpula". No dia anterior, no Financial Times, o assessor Jake Sullivan e o chanceler Wang Yi "se reúnem antes de possível cúpula Biden-Xi".
Até na manchete do Global Times, de Pequim, "alguns especialistas acreditam que as últimas interações abrem possibilidades para futuras interações entre os chefes de Estado dos dois países, depois que Washington fez alguns ajustes táticos".
Foi referência à entrevista de domingo na CBS em que o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, disse que "a avaliação da comunidade de inteligência", agências como FBI e CIA, "é que não houve coleta de inteligência por aquele balão".
Foi a cobertura do balão espião que disparou o distanciamento entre Biden e Xi, abrindo caminho para as cúpulas sem líderes deste ano.
RESPEITO
Na China, o destaque de terça da agência de notícias Xinhua, ecoando pelo país, foi uma carta de Xi em resposta a dois aviadores americanos, que participaram da luta do país contra a invasão japonesa na Segunda Guerra Mundial. Escreveu ele:
"No futuro, os dois grandes países assumirão responsabilidades ainda mais importantes pela paz, estabilidade e desenvolvimento mundiais. Devemos, portanto, e precisamos, respeitar-nos uns aos outros."
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