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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

'A gente é agredida o tempo todo', diz Joanna Maranhão sobre insultos à jornalista

Testemunha mente e diz que repórter da Folha trocou sexo por informação

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A nadadora Joanna Maranhão, 32, afirmou nesta terça-feira (12) que é preciso reagir a ataques como os sofridos pela repórter da Folha Patrícia Campos Mello. Em depoimento à CPMI das Fake News, Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da empresa de disparos de mensagem em massa Yacows, mentiu e insultou a jornalista.

“Não estou acompanhado mais a política de perto, mas é impossível não tomar conhecimento desses absurdos”, disse a nadadora.

Em 2008, Joanna revelou ter sido vítima de abuso sexual por parte de um treinador na infância. Segundo a nadadora, insinuações como as feitas por Nascimento, de que a repórter teria oferecido sexo em troca de matéria, são parte infeliz da rotina das mulheres.

“A misoginia faz isso. Para descredenciar uma mulher que se posiciona, você a chama de louca ou diz que tem algum outro interesse. É como se não fôssemos capazes de nos posicionar e ir atrás do objetivo, como todo homem faz.”

Sobre a reação de jornalistas mulheres que organizaram um abaixo-assinado contra os insultos na CPMI, a nadadora disse que esse é o caminho. “É preciso lutar pelo direito de a Patrícia fazer o trabalho dela. Essas agressões acontecem o tempo inteiro. A gente é agredida o tempo todo pela roupa que usa. Dependendo do decote, dizem que estamos querendo alguma coisa”, disse.

A nadadora brasileira Joanna Maranhão durante disputa dos 200 m borboleta nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México - Daniel Marenco - 19.out.2011/Folhapress

Para Joanna, foi aberta nos últimos tempos uma porta para a discussão de uma realidade feminista entre as mulheres brasileiras. “A gente tem que criar o nosso feminismo, com a nossa história e ancestralidade. Um cuidado de umas com as outras. Somos ensinadas a competir entre nós. Mas, agora, quando uma ou outra é marginalizada, temos que lutar juntas.”

A nadadora também vê em casos como o dos insultos à repórter sinais de ameaça à democracia. “Fico pensando o que falta acontecer para que nós, as pessoas que defendem a democracia, nos posicionemos de fato. Lá atrás, se juntou comunista, quem é de centro ou liberal para poder falar de política”, disse. “Por uma agenda econômica, parecida com o que os liberais querem para o Brasil, aceita-se tudo.”

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