Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
General Heleno contradiz Bolsonaro sobre supostos mandantes de facada e diz que Adélio é 'débil mental'
Presidente insiste em dizer que existem mais envolvidos no ataque, mas agressor foi considerado inimputável
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Em mensagem publicada nas redes sociais, o general da reserva Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo federal, contradisse narrativa repetida por Jair Bolsonaro (sem partido) de que a facada que recebeu de Adélio Bispo em 2018 teve um mandante.
Na tentativa de ofender Ciro Gomes (PDT-CE), Heleno disse que ele é um "caso igual ao Adélio, inimputável por ser débil mental".
"Ciro Gomes, que eu mal conheço e considero um canastrão, publicou um vídeo com uma série de ofensas a mim. Não vou responder, porque o considero um lixo humano, nem vou processá-lo, por ser um caso igual ao Adélio, inimputável por ser débil mental", escreveu.
Em maio de 2019, a Justiça declarou que Adélio Bispo é inimputável, ou seja, não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. De acordo com perícia, Adélio é portador de transtorno delirante persistente.
A decisão foi tomada pela Justiça após ação para comprovação de insanidade mental protocolada pela defesa do acusado.
Ainda que não tenha recorrido da decisão, Bolsonaro repete com frequência que existem supostos mandantes do ataque, mas ainda não foram encontrados.
Em seu pronunciamento sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e de Maurício Valeixo da direção-geral da PF, Bolsonaro voltou ao tema.
"Será que é interferir na Polícia Federal quase que exigir e implorar a Sergio Moro que apure quem mandou matar Jair Bolsonaro? A Polícia Federal de Sergio Moro mais se preocupou com Marielle do que com seu chefe supremo. Cobrei muito dele isso aí. Não interferi", disse Bolsonaro.
"Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber, e entendo, me desculpe seu ex-ministro, entre meu caso e o da Marielle, o meu tá muito menos difícil de solucionar", completou.
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto
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