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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant

Litoral de SP adia decisão sobre Réveillon, descarta bloquear estradas e estuda celebração virtual e shows drive-in

Em 2019, as cidades litorâneas concentraram mais de 8 milhões de pessoas na virada de ano

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Destinos cobiçados para a celebração da virada de ano, as cidades do litoral paulista vão postergar o máximo que puderem a decisão sobre a realização do Réveillon. Bertioga, Itanhaém e Ilhabela devem aguardar até novembro para uma resposta definitiva. Já São Sebastião pretende segurar o anúncio até 10 dias antes das festividades, se for preciso. Os municípios usam o Plano São Paulo de monitoramento do coronavírus como parâmetro.

Em 2019, as cidades litorâneas de São Paulo concentraram mais de 8 milhões de pessoas nas festas da virada, número que pode ser ainda maior com o anúncio de cancelamento do Réveillon na avenida Paulista, na capital, por causa da pandemia.

Com maior movimento que os vizinhos – cerca de 2 milhões de participantes -, o Guarujá definiu que, até segunda ordem, estão suspensos o espetáculo de fogos de artifício na orla da praia e as apresentações musicais na noite de Réveillon.

Na Baixada Santista, a tendência é o cancelamento completo das festividades. “Repetir o evento do ano passado é impossível diante da realidade que vivemos. Caso a pandemia esteja controlada, pensaremos em um formato alternativo, com menos tempo e menos pessoas. A decisão com o quadro atual é ‘nada’”, enfatiza o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

Para que a virada do ano não passe em branco, Itanhaém cogita uma celebração virtual com atrações musicais. “Não realizaremos qualquer tipo de evento que possa estimular a aglomeração de pessoas. Podemos usar a tecnologia para que as pessoas continuem em suas residências”, explica o prefeito Marco Aurélio Gomes (PSDB).

Praia Grande, por sua vez, trabalha com as hipóteses de shows drive-in ou apresentações musicais com demarcação no solo para assegurar o distanciamento social entre as pessoas. “O público cairia de 60 mil para 5 mil pessoas, a viabilidade financeira precisa ser discutida com os artistas”, diz o prefeito Alberto Mourão (PSDB).

No litoral norte, a queima de fogos é vista como uma possibilidade. Cidades como São Sebastião e Ilhabela entendem que, ao espalhá-la em diversos pontos, não há risco de aglomerações. Quanto às atrações musicais, espera-se uma decisão regional para “evitar comparações”. Caraguatatuba fala em adiar os shows para abril, quando ocorre a comemoração do aniversário do município.

Apesar da indefinição, a maioria das cidades litorâneas, como Mongaguá e Bertioga, vai abrir os processos licitatórios. “Vamos licitar sem a obrigação de realizar. Queremos deixar a cidade preparada caso seja possível a realização da festa”, afirma o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB).

Para além das comemorações de fim de ano, os prefeitos não cogitam, até o momento, impedir o acesso de turistas durante a alta temporada, como pretendiam no início da pandemia, quando brigaram na Justiça com o governo estadual pelo bloqueio das estradas e acabaram derrotados. “É impossível sem ajuda do Estado, sem ação regional, sem um mecanismo legal para impedir o acesso das pessoas. É como ‘enxugar gelo’”, dispara Caio Matheus (PSDB), prefeito de Bertioga.

Ressalva para Peruíbe, que proíbe a entrada de veículos de excursão, e Ilhabela, que estuda restringir o fluxo de visitantes sem reservas de hospedagem. Todos os prefeitos planejam implementar barreiras sanitárias nos principais acessos das cidades e apostam em medidas de orientação e conscientização dos turistas. Segundo a Prefeitura do Guarujá, a entrada de 42.689 veículos foi impedida durante quatro meses de ação.

Os médicos, no entanto, se preocupam com a aglomeração de pessoas nas cidades litorâneas. Para Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as barreiras sanitárias talvez não sejam o suficiente. “Não é o momento de reunir 50 pessoas para as confraternizações de fim de ano. Tudo o que possa provocar aglomerações deve ser cancelado”, afirma. “A transmissão do coronavírus na praia é menor do que em bares e restaurantes, mas existe. Entendo que ninguém vai ficar de máscara em um sol de 40°C, mas é preciso conscientizar as pessoas a manter o distanciamento social.”

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