Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Justiça rejeita denúncia do Ministério Público contra líder do MBL por tráfico de influência

Juiz não viu indícios de participação de Renan dos Santos em irregularidades

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A Justiça recusou denúncia do Ministério Público de São Paulo por tráfico de influência contra Renan dos Santos, um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre). A decisão foi do juiz Thiago Baldani Gomes De Filippo, nesta sexta-feira (6).

O juiz afirma não ter visto indícios de autoria de crime por parte de Renan dos Santos.

Renan dos Santos, líder e fundador do MBL - Eduardo Anizelli - 26.jul.2019/Folhapress

A denúncia, datada do final de outubro, afirma que Alessander Mônaco Ferreira, coligado ao MBL, segundo o Ministério Público, fechou contrato milionário com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, ligada à USP) sem licitação. O grupo nega que o acusado integre ou tenha feito parte do movimento.

Segundo a Promotoria, Ferreira, dono de uma consultoria, teria usado a influência política de Renan dos Santos para ser contratado em cargo comissionado, sem concurso público, por Nourival Pantano Junior, então presidente da Imprensa Oficial de São Paulo e hoje presidente da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).

Na Imesp, afirma o documento, Alessander Mônaco Ferreira fez doações ao MBL no valor equivalente a seu salário no cargo público, “como forma de retribuir o ‘favor’ correspondente àquela contratação na Imesp”.

O juiz pontuou que o Ministério Públicou não conseguiu demonstrar qualquer vinculação entre as doações ao MBL feitas por Alessander e as condutas de Nourival.

Além disso, também diz que não há indicação de que Renan teria solicitado ou obtido vantagens de Alessander com o objetivo de influir para que ele fosse nomeado por Nourival, até mesmo porque, diz o juiz, boa parte das doações ao MBL foram feitas após a nomeação.

"Tanto o Renan quanto o MBL forneceram todos os documentos para o juízo antes mesmo que fossem solicitados, sem utilizar de expedientes comuns para alguns políticos contra investigações —como habeas corpus ou medidas em instâncias superiores. O indeferimento da denúncia era natural e esperado. Isso corrobora toda lisura na conduta histórica do Renan e do MBL", diz Rubens Nunes, advogado de Renan dos Santos e candidato a vereador em São Paulo.

O juiz também rejeitou a denúncia contra Nourival. Por outro lado, aceitou denúncia contra Alessander Ferreira por fraude em licitação e lavagem de dinheiro.

Também aceitou denúncia contra Carlos Antonio Luque, diretor-presidente da Fipe, e José Ernesto Lima Gonçalves, ligado à fundação, também por fraude em licitação.

Em nota à Folha em outubro, os advogados de Alessander informaram que ele não tem qualquer vinculação com o MBL e que as doações feitas ao programa “MBL NEWS” foram regulares e transparentes. "Não existe qualquer envolvimento de Alessander com a licitação mencionada pelo Ministério Público de SP", afirmaram.

A Fipe encaminhou nota nesta sexta em que diz que "a Fipe e os citados não cometeram e nem concorreram para nenhuma ilicitude e isso ficará ainda mais comprovado na instrução processual. Os fatos contidos na denúncia serão esclarecidos na ação penal".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas