Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Eleições 2020

PDT e PSB não chegam a consenso e adiam decisão sobre apoio a Boulos

Partido de Ciro Gomes tende a apoiar o PSOL, mas grupo de Márcio França vive incerteza

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O almoço entre representantes de PSB e PDT nesta terça-feira (17) não resultou em consenso sobre possível apoio à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno em São Paulo. A definição deve ficar para quinta-feira (19).

Participaram do encontro o ex-governador Márcio França (PSB), o vice em sua campanha Antonio Neto (presidente municipal do PDT), o vice-presidente nacional do PSB Beto Alburquerque, Aldo Rebelo (Solidariedade), e outros representantes de partidos da coligação que terminou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Guilherme Boulos, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, na sala da sua casa; à esquerda, painel de madeira feito por um amigo do movimento social e artesão, em frente ao qual grava vídeos para o YouTube; ele afirma que gosta de descansar nas cadeiras em frente ao painel . Folhapress/Eduardo Knapp

Guilherme Boulos, 38, candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, prepara café na cozinha de sua casa, no Jardim Catanduva, bairro do distrito do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo . Folhapress/Eduardo Knapp

Detalhe da geladeira do candidato do PSOL, com ímãs de Fidel Castro, Mao Tse-Tung, Salvador Allende e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) . Folhapress/Eduardo Knapp

Guilherme Boulos e sua mulher, Natalia Szermeta, no balcão da cozinha da casa em que vivem, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo; os dois estão envolvidos com a eleição no momento, já que Natalia coordena uma chapa de mulheres do MTST para a câmara de vereadores. Folhapress/Eduardo Knapp

Poster do quadro Guernica, de Picasso, que Boulos ganhou de um amigo que viajou para a Espanha, decora a sala do candidato . Folhapress/Eduardo Knapp

A sala e parte da cozinha de Boulos; à direita, escada que dá acesso ao segundo andar da casa, onde ficam o quarto do casal, o das filhas e um escritório; ao lado da escada há equipamento de filmagem usado para gravar vídeos da campanha no local. Folhapress/Eduardo Knapp

Os peixes Prateado e Flash, que pertencem às filhas de Boulos e Natalia, Sofia, 10, e Laura, 9 . Folhapress/Eduardo Knapp

Escritório na casa de Guilherme Boulos; na estante, livros do candidato e também de sua mulher, Natalia. Folhapress/Eduardo Knapp

O quarto de Guilherme Boulos, candidato do PSOL a prefeitura de São Paulo, que dá acesso a terraço. Folhapress/Eduardo Knapp

Vista para o Campo Limpo, no terraço da casa de Guilherme Boulos; fora da pandemia, o local também era usado para churrascos . Folhapress/Eduardo Knapp

Na garagem de Boulos, cadeiras de plástico empilhadas e as bicicletas de suas filhas, Sofia, 10, e Laura, 9; durante a campanha costuma deixar seu carro, um Celta, estacionado na frente da residência . Folhapress/Eduardo Knapp

Além de Neto, Ciro Gomes e Carlos Lupi, presidente do PDT, já sinalizaram que defendem o apoio a Boulos.

No PSB, no entanto, não há total concordância sobre o tema. Ainda que França antagonize com João Doria (PSDB), padrinho político de Bruno Covas (PSDB), seus conselheiros apontam que há incerteza sobre como seria uma gestão de Boulos e que o ex-governador poderá ser cobrado por esse apoio no futuro. Eles defendem então que França se mantenha neutro no segundo turno.

O ex-governador Márcio França oficializa sua candidatura a prefeito de São Paulo pelo PSB, em convenção na Câmara Municipal . Joyce Cury/Divulgação/

O ex-governador Márcio França, candidato a prefeito de São Paulo pelo PSB, no Capão Redondo (zona sul de SP). Folhapress/Karime Xavier/Folhapress

Marcio França no Jantar em homenagem aos juristas Celso Antonio Bandeira de Mello e Weida Zancane. Zanone Fraissat/Folhapress/

Marcio França, então candidato ao governo de São Paulo, durante debate na TV Globo. Folhapress/Adriano Vizoni

Marcio França (PSB) durante as eleições a governador de São Paulo, em 2018. Folhapress/Adriano Vizoni

Marcio França, então candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PSB, votando na Escola Estadual Professora Ludovina Credidio Peixoto, em 2018. /

Marcio França (PSB) assume o estado de São Paulo com a renúncia de Geraldo Alckmin. Karime Xavier/Folhapress/

Márcio França inaugurou a EMEI Professora Diva Maciel Jorge, localizada em Jales, em evento em São José do Rio Preto . Divulgação/

Então governador Márcio Franca (PSB) visita obras das estações Hospital São Paulo, Chácara Klabin e Santa Cruz, da linha 5-lilás do Metro. Folhapress/Rivaldo Gomes

Márcio França (PSB) enfrenta João Doria (PSDB) no segundo turno. Karime Xavier/Folhapress/

Márcio França (PSB) fez inaugurações pelo estado entre abril e julho. Karime Xavier/Folhapress/

França, que hoje tem cerca de 30 deputados fiéis a ele na Assembleia, "garante" que verá esse apoio crescer quando assumir em definitivo . Karime Xavier/Folhapress/

Antes de ser vice de Alckmin, Marcio França foi prefeito de São Vicente e deputado federal; ele tem base eleitoral na Baixada Santista . Karime Xavier/Folhapress/

Márcio França foi vice-governador de São Paulo. Karime Xavier/Folhapress/

Carlos Siqueira, presidente do PSB, disse ao Painel que não existe isso de "ter que" apoiar Boulos em São Paulo. "Esse prejuízo das esquerdas não irem unidas não é nosso", afirma. Ele vê culpa "do senhor Lula da Silva" pelo fato de o PT ter decidido lançar candidaturas próprias.

Os dirigentes da Executiva do PDT se reunirão na quinta-feira (19) e então anunciarão uma decisão. O PSB deve definir uma posição no mesmo dia ou na sexta-feira (20).

"Em acordo das direções nacionais e regionais do PDT e do PSB, essa decisão [de seguir deliberando sobre o apoio a Boulos] foi tomada no sentido de fortalecer a aliança das legendas, que se mostraram as mais vitoriosas no campo progressista nestas eleições, com 562 prefeitos eleitos no primeiro turno (311 do PDT e 251 do PSB)", diz a assessoria de imprensa do PDT.

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