Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

DEM e PSL testam cinco números para novo partido que deve resultar de fusão

Siglas encomendaram pesquisa qualitativa para basear escolha

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O DEM e o PSL encomendaram pesquisas e testaram cinco números que poderão representar o futuro partido que deve resultar da fusão entre as siglas.

São eles: 60, 88, 44, 25, 17. Os dois últimos são os do Democratas e o do PSL, respectivamente. Embora pouco provável por estar atrelado à eleição de Jair Bolsonaro em 2018, o 17 também foi colocado à prova.

A Arena foi o partido de apoio ao regime militar (1964-1985). Com o fim do bipartidarismo e a redemocratização do país, se dividiu em outras siglas, em especial o PDS. Na foto, reunião da Arena em São Paulo, nos anos 70. Folhapress/

O PDS se dividiu nas eleições indiretas que em 1985 escolheriam o primeiro civil para comandar o país depois do regime militar. Paulo Maluf derrota internamente o grupo liderado por Aureliano Chaves, Marco Maciel e José Sarney, entre outros. Folhapress/Jorge Araújo

Com a vitória de Maluf no PDS, uma ala deixa a legenda e funda o PFL (Partido da Frente Liberal), em 1985, declarando apoio a Tancredo Neves (PMDB), que acaba vitorioso. Na foto, Aureliano Chaves discursa na solenidade de lançamento do PFL. Folhapress/Tadashi Nakagomi

Aliado ao governo de José Sarney (PMDB), que foi empossado após a morte de Tancredo, o PFL lança em 1989 Aureliano Chaves na primeira eleição direta após a ditadura. Ele fica em 9º. Na foto, Aureliano cumprimenta Leonel Brizola (PDT) em debate promovido pela TV Bandeirantes. Folhapress/Juvenal Pereira

No governo de Fernando Collor, o PFL liderou, com Jorge Bornhausen (na foto, em sua posse como secretário de governo, em 1992), a tentativa fracassada de evitar o impeachment do presidente. Folhapress/Aílton de Freitas

Em 1994, o PFL atinge o seu auge. Elege Marco Maciel vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o que se repetiria quatro anos depois, além da maior bancada na Câmara dos Deputados (105 cadeiras). Folhapress/Antônio Gaudério

Com o PFL em alta, o clã Magalhães assume o comando da Câmara em 1995, com Luís Eduardo Magalhães, e do Senado, em 1997, com seu pai, Antonio Carlos Magalhães, um dos principais caciques políticos do século passado. Em abril de 1998 um infarto mata Luís Eduardo. Folhapress/Lula Marques

Em 2002 o PFL tenta emplacar Roseana Sarney (MA) como candidata à Presidência. Após a PF apreender mais de R$ 1 milhão no escritório do marido, a candidatura naufraga. Atribuindo a ação ao PSDB, o PFL rompe com o governo. Folhapress/Juca Varella

A partir do primeiro governo Lula (2003-2006) o PFL experimenta o papel de oposição e entra em declínio. Em 2007, na tentativa de se repaginar e de renovar o comando, troca de nome para DEM e empossa Rodrigo Maia no comando. Folhapress/Sérgio Lima

Em 2009, estoura o mensalão do DEM, escândalo de pagamento de propina no governo de José Roberto Arruda (DF). Na foto, ele deixa a superintendência da Polícia Federal após dois meses de prisão. Ao seu lado, a mulher, Flávia Arruda, hoje ministra do governo Jair Bolsonaro. Agência O Globo/Ailton de Freitas

Em 2011, o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lidera uma dissidência do DEM que resulta na criação do PSD. O novo partido acaba se inclinando para o lado governista e integra oficialmente a chapa de Dilma Rousseff à reeleição, em 2014. PR/Roberto Stuckert Filho

Já sob a presidência do senador Agripino Maia (RN), o partido tem o pior resultado nas eleições para a Câmara dos Deputados em 2014, elegendo apenas 21 representantes. Folhapress/Joel Rodrigues

Apesar do tamanho mediano, partido ganha novamente força após impeachment de Dilma Rousseff e, em 2019, obtém o comando da Câmara e do Senado, com Rodrigo Maia (RJ) e Davi Alcolumbre (AP). Agência Brasil/Marcelo Camargo

Se dizendo abandonado pelo próprio partido no processo de sua sucessão no comando da Câmara, Rodrigo Maia rompe com ACM Neto, presidente da legenda, e acaba expulso. Rodrigo Pacheco (DEM) é eleito presidente do Senado em 2021, mas negocia migração para o PSD de Gilberto Kassab. Folhapress/Pedro Ladeira

O resultado do levantamento a respeito de qual deles tem melhor receptividade na população deve sair na próxima semana.

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