Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Disputa entre Roma e ACM Neto esquenta na Bahia, e mulher do ministro ataca ex-aliado
Roberta Roma diz que presidente do DEM tenta destruí-la para inviabilizar candidatura do marido ao governo do estado
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Roberta Roma, mulher de João Roma, entrou em campo na disputa do ministro da Cidadania com ACM Neto. Ela diz que o presidente do DEM tem ameaçado pessoas próximas a ela para que não a apoiem em 2022, quando pretende ser candidata a deputada federal.
Roberta diz que ACM quer destruí-la para que Roma desista de concorrer contra ele para governador da Bahia no ano que vem e tente a reeleição para a Câmara.
"João se coloca ao lado de Bolsonaro. ‘Eu vou ser essa dita extrema-direita na Bahia’, que tem 70%, 80% de rejeição, mas esse 20% que é firme Bolsonaro vai colar em João Roma. Não vai ser ACM Neto. Tem 20% de Bolsonaro e João Roma, os 60% de Lula e Jaques Wagner, e ACM Neto fica com o quê?", calcula.
Ela se refere a ACM Neto, de quem foi próxima durante 20 anos, como coronelzinho e velho travestido de novo.
"Ele vai lá nos contratos da prefeitura, de pessoas. ‘Ou você é meu ou você é dele’. É tipo obrigar. ‘Eu vou tirar sua mulher que trabalha na prefeitura, vou tirar sua prima de 2º grau, vou te destruir’. Ele vai usar a fama dos Magalhães", afirma.
Roma e ACM Neto romperam longa aliança e amizade após o então deputado aceitar convite do governo Jair Bolsonaro para se tornar ministro, contrariando orientação do aliado, em fevereiro.
"Ele não aceitou o crescimento de um amigo. Isso foi o mais doloroso. A gente acreditou muito nele. Quando João teve a oportunidade de crescer e brilhar, ele não foi grande. Trabalha com ameaças. Se não atender a minha vontade, eu cancelo, corto, demito, travo. É o império dele, o império baiano", defende Roberta.
Segundo ela, o presidente do DEM, partido que está em processo de fusão com o PSL para formar a União Brasil, tem dito que os que votarem nela estarão contra ele.
"Trabalha com ameaças. ‘Se não atender a minha vontade, eu cancelo, corto, demito, travo’. É o império dele, o império baiano", afirma. "É pior que o avô [Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), governador da Bahia e senador]. O avô tinha ética, ele não tem."
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