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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Bolsonaro agrada radicais com novo ataque ao STF, mas preocupa aliados políticos

Presidente voltou a criticar ministros da corte, onde tramitam inquéritos em que é alvo

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O novo ataque de Jair Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Alexandre de Moraes, agradou apoiadores mais radicais do presidente, mas acendeu alerta no Palácio do Planalto, no Congresso e na própria corte.

No Planalto, o argumento utilizado ao longo da quarta (12) era de que a citação a Moraes, responsável pelos inquéritos que miram Bolsonaro, familiares e apoiadores, foi uma fala do presidente que saiu "sem querer" na entrevista por ser a um veículo de direita, voltado para seus eleitores. Interlocutores afirmam que ele não pretende aumentar a tensão com o STF.

Aliados mais próximos lembram que com a situação econômica sem previsão de melhora, a nova variante do coronavírus, inflação em alta e liderança de Lula (PT), o desgaste com o STF e reflexos nos inquéritos contra o presidente só trariam mais problemas no ano eleitoral. Poderiam ainda afugentar interessados em alianças nos estados.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante entrevista - REUTERS/Amanda Perobelli

Apoiadores da chamada ala ideológica, entretanto, comemoraram o tom de Bolsonaro. Allan dos Santos, um dos alvos dos inquéritos relatados por Moraes, compartilhou o vídeo em que o presidente ataca Luís Roberto Barroso e Moraes no seu grupo do Telegram e escreveu em seguida: "Ai, Allan, para de arrumar desgaste com o STF" e "Bolsonaro: De terrorismo o Barroso entende".

Caso a previsão do Planalto não se concretize e Bolsonaro continue com os ataques, o principal anteparo do STF hoje é o inquérito das milícias digitais. A PF aguarda decisão de Moraes sobre a inclusão do presidente no caso. O pedido foi feito no relatório sobre a live em que ele atacou sem provas as urnas eletrônicas.

Com Bolsonaro formalmente investigado, a PF pode incluir na apuração cada caso em que o presidente atue na disseminação de desinformação ou ataque às instituições e seus integrantes ao longo de 2022.

O inquérito apura a existência de uma organização criminosa que se beneficia financeiramente e politicamente da produção e difusão de fake news e de ataques às instituições. Além do evento da live, que depende de autorização de Moraes, a PF entende que o grupo atuou desde 2019 em outros momentos, que podem se repetir neste ano.

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