Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Tucanos contra Doria buscam presidente e líderes do PSDB para cobrar troca de candidato
Grupo diz que governador de SP não tem proposta e defende escolha de Eduardo Leite (RS)
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O grupo de tucanos insatisfeito com a candidatura de João Doria (SP) pretende se reunir nas próximas semanas com Bruno Araújo, presidente da sigla, e outras lideranças partidárias para cobrar uma definição a respeito do tema.
Eles querem que Doria mostre algo para além de um projeto político, o que eles não acreditam que ele tenha, ou que o partido considere a troca dele por Eduardo Leite (RS), considerado por eles um gestor mais preparado e capaz de unir a militância tucana.
Leite, Tasso Jereissati (CE), Aécio Neves (MG), José Aníbal (SP) e Pimenta da Veiga (MG) se encontraram nesta terça-feira (8), em Brasília, quando decidiram avançar na pressão sobre Doria.
Como mostrou o Painel, tucanos dizem que a candidatura de Doria, devido à sua rejeição, pode dificultar a eleição de deputados e senadores, gerando uma debandada da sigla.
"Vamos conversar com o presidente do partido e outras lideranças partidárias. Há uma inquietação. Como você compõe chapa para disputar eleições de Senado, deputado federal, estadual com uma campanha que tem 4% de intenção de votos? Mas não é só isso. É que não tem o que dizer", diz o ex-senador José Aníbal (PSDB-SP), que é suplente de José Serra (SP).
"Não tem discurso, não tem proposta, não tem propósito, a não ser o de querer ser. E construiu esse percurso de maneira muito questionável e talvez esteja pagando por isso agora", completa. "O PSDB tem uma história de protagonismo. Esse cara não oferece nenhum protagonismo ao PSDB. Nem pessoal, nem programático, nem de audácia. Não tem nada".
Nesta quarta-feira (9), Doria se referiu ao encontro de seus críticos como "jantar de derrotados".
"Ele tem que ter muito cuidado quando fala dessa vitória dele nas prévias", afirma Aníbal. O diretório estadual do PSDB, comandado por aliados do governador, foi acusado de fraudar as datas de filiações de prefeitos e vices para aumentar o apoio a Doria nas prévias, o que resultou na exclusão de 92 tucanos do processo.
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