Tucanos e parlamentares de partidos aliados dizem que a saída de deputados do PSDB nos próximos meses pode atingir mais de um terço da bancada, de 32 representantes.
Eles apontam dois fatores para o movimento: a perda de força do partido em alguns estados e a grande taxa de rejeição do presidenciável João Doria (SP).
A saída de Mara Rocha (AC), Rodrigo de Castro (MG) e Célio Silveira (GO) já é dada como certa. Deputados do Sul, próximos de Eduardo Leite, podem acompanhar o governador gaúcho caso ele decida deixar a sigla —ele tem sido sondado por PSD e União Brasil.
Parlamentares de alguns estados de Norte ou Nordeste em que Jair Bolsonaro ou Lula são muito fortes também avaliam trocar de sigla, já que teriam que fazer campanha em associação com Doria, bastante rejeitado pelos dois eleitorados que hoje estão por trás das campanhas que lideram as pesquisas.
No levantamento do Datafolha, realizado em dezembro, 34% dos entrevistados disseram que não votariam em Doria de jeito nenhum, o mesmo número de Lula (PT). Bolsonaro ocupa a ponta, com 60%.
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