Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Milton Ribeiro queixou-se de pressão que família vinha sofrendo antes de sair do MEC
Pastor reclamava cansaço; no sábado viajou de óculos escuros, máscara e boné, para não ser reconhecido
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Pesaram na saída de Milton Ribeiro do cargo de ministro da Educação os sinais de cansaço que o próprio auxiliar vinha dando. A interlocutores ele afirmou estar chateado e preocupado com o assédio que a família vinha sofrendo.
Ribeiro foi a Brasília no sábado (26) para conversar com o presidente antes do evento de lançamento da sua pré-candidatura à reeleição, para deixá-lo a vontade para decidir seu destino na pasta. O ministro viajou em voo comercial e foi visto no aeroporto usando óculos escuros, máscara e boné, que dificultavam que fosse reconhecido.
Bolsonaro vinha resistindo em entregar a cabeça do auxiliar, apesar da pressão sofrida até por seu núcleo de campanha. Dizia que só o exoneraria caso aparecessem provas irrefutáveis de corrupção envolvendo diretamente Ribeiro. Na última quinta-feira (24), chegou a dizer que 'bota a cara no fogo' por Ribeiro. A sinalização do ministro mudou o cenário.
Ribeiro elaborou uma carta de demissão do cargo nesta segunda-feira (28), para tentar reduzir o desgaste do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O agora ex-ministro se tornou alvo de grande pressão após a revelação de indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público.
A situação dele se agravou no último dia 21, após a revelação pela Folha de áudio em que Ribeiro afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton.
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