Braço direito do governador Romeu Zema (Novo), o ex-secretário-geral Mateus Simões partiu para o ataque contra a Assembleia Legislativa de Minas Gerais após a derrubada do veto ao aumento do salário dos servidores públicos.

"Isso reforça a necessidade de termos uma outra Assembleia, com outro presidente, e que seja comprometida com o estado e suas bases financeiras. Essa Assembleia quer só fazer propaganda, mostra descompromisso", afirma Simões. Ele deve coordenar a campanha à reeleição de Zema e é cotado para ser o vice em sua chapa.

O presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PSD), deve ser o candidato a vice de Alexandre Kalil (PSD) na disputa ao governo de Minas Gerais, contra Zema.

O veto ao aumento foi derrubado por 55 votos a 3. Segundo Simões, a base do governo chega a 21 parlamentares, que não são suficientes para fazer reformas econômicas e fiscais como as defendidas pelo governador.

Segundo ele, diversos deputados que costumam apoiar o governo acabaram derrubando o veto por não terem coragem de se expor junto ao eleitorado. "Esses optaram pela covardia. Precisam refletir", diz.

O estado diz não ter condições financeiras de arcar com o aumento, que provocariam impacto de R$ 8,7 bilhões. Zema foi ao STF para sustar o reajuste, e obteve uma liminar favorável na última quarta-feira (20) do ministro Luís Roberto Barroso.