Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Ministros do TCU reclamam de sigilo no preço da ação da Eletrobras
Governo tem pressa na análise da capitalização, mas falta da informação deve gerar pedido de vista
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) estão incomodados com o sigilo imposto por Aroldo Cedraz ao preço de venda da ação da Eletrobras. O relator argumenta ser necessário preservar o dado para não divulgar informação privilegiada a interessados na compra e não dá publicidade nem aos demais colegas.
Mas os titulares do TCU reclamam que se não tiveram acesso com prazo hábil para análise, acabarão tendo de pedir vista e adiando, ainda mais, a votação da capitalização da estatal. A previsão é de o tema ir ao plenário em 11 de maio.
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem pressa na votação. Há receio de a oferta de ações ficar muito próxima das eleições e espantar investidores.
Nesta quinta-feira (7), em um seminário na Corte sobre a venda, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a pressionar e citou a guerra na Ucrânia para justificar a urgência em analisar a proposta.
"Vem uma segunda crise agora, uma guerra, que nos acelerou em direção à transição energética. A ideia de segurança energética, de risco geopolítico, é agora uma constante em nossas vidas. É um problema da maior gravidade e seriedade", disse.
O TCU já aprovou uma primeira etapa da capitalização. O modelo proposto é o de venda de ações para diluir o capital e, assim, reduzir a participação da União de 72% para 45% da empresa, menos da metade.
Procurado, Cedraz afirmou que o sigilo é imposto pelo detentor da informação, o BNDES. E que se dispõe a passar os dados aos ministros, caso seja solicitado.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters