Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Tucanos anti-Doria analisam cédula das prévias para abandonar ex-governador
Segundo parlamentares do PSDB, filiados não foram questionados sobre coligação ou não ter candidato
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Na reunião da tarde desta terça-feira (17), tucanos que se opõem a João Doria vão à letra miúda na tentativa de encontrar uma solução sem rupturas para o impasse sobre a candidatura presidencial.
Integrantes do PSDB analisaram as cédulas de votação das prévias que escolheram o ex-governador de São Paulo João Doria como o pré-candidato à Presidência. Nela, os filiados não são questionados sobre a possibilidade de não haver candidatura própria, ou de coligação com outras legendas.
Com base nisso, defenderão o entendimento de que é possível a convenção deliberar sobre uma aliança com o MDB da senadora Simone Tebet (MS) ou, até mesmo, não ter candidato nenhum.
Como o Painel revelou nesta segunda-feira (16), adversários de Doria no PSDB definiram a estratégia jurídica para derrubar na convenção do partido a candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo.
O artigo 152 do estatuto tucano obriga que a convenção homologue o vencedor nas prévias, mas o entendimento dos opositores de Doria é que isso vale apenas se o partido tiver candidato.
Segundo relatos, já há consenso sobre a impossibilidade jurídica de se escolher um novo tucano como cabeça de chapa. Em entrevista à Folha, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), opositor do ex-governador, defendeu que ele seja o nome caso haja candidatura própria.
"Eu nunca quis a candidatura do Doria, acho que será um momento trágico para o PSDB. Mas ele ganhou as prévias, não ganhou? Maculadas, tínhamos um candidato que podia estar hoje lá na frente, com outros apoios. O PSDB ignorou isso", disse.
A reunião desta terça foi convocada após Doria divulgar carta na qual promete judicializar a disputa caso seja preterido.
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