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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu forças armadas

Diretor do laboratório do Exército se recusa a participar de audiência que discutiria Viagra

Coronel Anderson Berenguer não apresentou motivo para negar o convite

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Chamado a participar de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º), o coronel Anderson Berenguer, diretor do laboratório químico farmacêutico do Exército, recusou o convite.

A audiência debateria as Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs) em curso nos laboratórios públicos do país. Uma das PDPs em curso é a da transferência de tecnologia para a produção do citrato de sildenafila, nome científico do Viagra, que incluiu a compra de milhões de comprimidos entre 2019 e 2022.

Desfile de blindados das Forças Armadas em Brasília - Pedro Ladeira10.ago.2021/Folhapress

Em carta aos deputados da comissão, Berenguer diz que declina do "digno convite" e sugere que a Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil seja chamada. Ele não apresentou motivo para a recusa.

Jorge Solla, deputado federal do PT-BA, diz que o mínimo que esperavam era que Berenguer, se não pudesse comparecer, indicasse outro representante do laboratório.

"Eles [Forças Armadas] fizeram a contratação do Viagra como sendo de PDP com a EMS. Com isso, fizeram uma compra de Viagra sem licitação. Nossa suspeita, com evidências fortes, é a de que foi uma forma de burlar a licitação e escolher um laboratório específico", afirma o parlamentar

"Não há patente do Viagra e há vários fabricantes do remédio no Brasil. E a PDP permite que você não faça licitação porque você indicaria uma empresa detentora de tecnologia e capaz de transferir a um laboratório público do Brasil. Já tem quatro anos que eles fazem aquisição nessa modalidade e tudo indica que não houve transferência de tecnologia alguma, só burla à licitação", completa.

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