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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Mandetta e militares são os maiores obstáculos para Bolsonaro aceitar Tereza como vice

Centrão tenta convencer o presidente de que a ex-ministra é a candidata ideal, mas ele ainda resiste

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Brasília

Embora seja vista pelos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) como a opção ideal, a deputada federal e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) ainda precisa vencer dois obstáculos para ser confirmada como vice na chapa presidencial.

O primeiro é a situação no Mato Grosso do Sul, onde ela é pré-candidata ao Senado. Em segundo lugar nas pesquisas está o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União-MS), de quem Bolsonaro ainda guarda profundas mágoas e a quem ele não quer entregar a vitória de jeito nenhum.

O segundo obstáculo é não desagradar os militares ao preterir o general Braga Netto para o posto. Bolsonaro vem gradativamente diminuindo o espaço dos integrantes das Forças Armadas na sua gestão e teme que a opção por Tereza seja interpretada como um alijamento dos aliados.

De acordo com integrantes do comitê, teme-se a reação de um ou outro general que poderia ter ambições em um eventual segundo governo. Mas acredita-se que não haverá grandes problemas, exceto alguns pontuais.

De um modo geral, no entanto, generais ouvidos pelo Painel afirmam haver certo alívio com o distanciamento da política. Há uma percepção em parte do Alto Comando de que pode ser benéfico manter um afastamento um pouco maior da campanha de Bolsonaro.

Nesta quarta-feira (15), o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) almoçou com Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, na sede do partido em Brasília, acompanhado de Cristina.

A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) posa para foto em seu gabinete. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) - Folhapress

Integrantes do comitê de campanha afirmam, no entanto, que o maior obstáculo mesmo tem sido convencer o próprio presidente, que tem o general como uma pessoa de sua alta confiança. Como a Folha revelou, o termo usado é "guerra".

Há pressa em definir o quanto antes a chapa porque há uma leitura de que Bolsonaro está ficando para trás, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já percorre o país ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).

Valdemar tem capitaneado o movimento pela substituição e enxerga na deputada a melhor opção. Além de ajudar na articulação política, ela poderia contribuir com a arrecadação da campanha junto ao agronegócio.

Ciro Nogueira, presidente do partido ao qual Tereza é filiada, tem se mantido mais afastado para Bolsonaro não interpretar como uma movimentação em causa própria.

Uma conversa com Braga Netto está prevista para a semana que vem. Interlocutores do ex-ministro afirmam que a relação do general com o presidente é de tanto alinhamento que não deve haver rusgas entre os dois, caso a troca seja confirmada.

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