Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant
Vitória de Petro na Colômbia foi lida nas redes como sinal para o Brasil, mostra FGV
Perfis de direita alcançaram metade das interações e alertaram contra comunismo na América Latina
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A vitória do esquerdista Gustavo Petro na Colômbia foi lida nas redes sociais como um sinal para a eleição brasileira, segundo as reações de apoiadores e opositores captadas pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP).
Entre 18 e 20 de junho, foram cerca de 264,7 mil publicações em português no Twitter sobre o pleito. Nos perfis de esquerda, houve comemoração e esperança de que Lula (PT) também saia vencedor em outubro.
Os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) também traçaram um paralelo com o Brasil, falando sobre resistência ao comunismo e ao Foro de São Paulo na América Latina. Perfis de direita foram responsáveis por 50,4% das interações sobre o assunto no Twitter.
Nessas publicações, o presidente eleito foi chamado de narcoguerrilheiro e terrorista. Também foram levantadas suspeitas de fraude na eleição com base no alto número de abstenções.
O diretor da FGV DAPP, Marco Aurélio Ruediger, no entanto, alerta para diferenças nas eleições brasileira e colombiana.
"Foi uma eleição extremamente apertada, coisa que não deve acontecer igual no Brasil. A distância hoje do Lula e do Bolsonaro aqui é muito maior do que vimos na Colômbia, principalmente porque aqui uma parte do centro crescente vai se agregar ao Lula, e o desgaste do governo atual é muito grande", diz ele.
Na avaliação de Ruediger, a vitória da esquerda e da centro-esquerda em países latinos nos últimos anos "não só vai mudar a política desses países, mas de todo o hemisfério, e deve gerar uma sinergia maior entre esses países".
O levantamento da FGV ainda apontou que memes, especialmente o da Ursal (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), uma entidade que não existe, somaram 3% das interações sobre o tema.
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