Talvez um dos maiores memes das eleições de 2018, a URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina) voltou às redes sociais após a vitória de Gustavo Petro nas eleições colombianas neste domingo (19) e a consequente reação do presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e apoiadores.
Tudo começou no debate da Band durante o primeiro turno das eleições há quase quatro anos, quando Cabo Daciolo (hoje PDT, à época Patriota) questionou Ciro Gomes (PDT) a respeito de um suposto plano do Foro de São Paulo para fundar uma espécie de URSS latina, calcada na "nova ordem mundial" e fruto de uma conspiração comunista interamericana.
À época, nas redes, rapidamente a URSAL ganhou um mascote —um ursinho carinhoso vermelho com a foice e o martelo soviéticos na barriga —um hino e um mapa.
Com a vitória de Petro na Colômbia consolidando uma onda de líderes progressistas eleitos na América do Sul, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) publicou em suas redes um mapa em que países que elegeram esquerdistas recentemente são indicados com a foice e o martelo.
Isso bastou para desencadear o revival do meme da URSAL.
A teoria da conspiração de 2018, desta vez, uniu-se a outra mais recente: Ratanabá, "a cidade perdida na Amazônia" que, assim como a URSAL, não existe.
Há, contudo, quem leve o meme a sério e acredite na ideia de que a esquerda pretende criar uma união socialista transnacional. Para seus apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria a única barreira no continente para que a URSAL não se torne realidade.
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