Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Criticada por Bolsonaro, Nicarágua participou de reunião de presidente com embaixadores
Relação do PT com o ditador Daniel Ortega tem sido explorada pelo chefe do Executivo
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Citada por Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias como exemplo do apreço do PT por ditaduras, a Nicarágua foi convidada pelo governo para a já famosa reunião com embaixadores, em que o presidente questionou a confiabilidade do processo eleitoral.
Na lista de participantes do evento, obtida pelo Painel via Lei de Acesso à Informação, consta a presença de Lorena del Carmen Martinez, embaixadora no país centro-americano.
A Nicarágua é uma ditadura governada por Daniel Ortega, que tem laços históricos com o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa proximidade vem sendo explorada pelo presidente como evidência da falta de compromisso petista com a democracia. Um exemplo ocorreu na resposta dada por Bolsonaro à Carta aos Brasileiros lida na quinta-feira (11).
"Acredito que a 'carta pela democracia', que foi lida na micareta do PT, teve algumas de suas páginas rasgadas, principalmente nas partes em que deveriam repudiar o apoio, inclusive financeiro, a ditaduras como Cuba, Nicarágua e Venezuela", afirmou Bolsonaro.
Ele também mencionou o caso nicaraguense em encontro recente que teve com a Febraban.
Na lista da reunião, não consta representante de Cuba. Já os venezuelanos foram representados pela diplomata Maria Teresa Belandrio, enviada do autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, no Brasil.
A reunião foi prestigiada por pouco mais da metade do corpo diplomático presente em Brasília.
Das 132 missões oficiais estrangeiras presentes no Brasil, 72 enviaram representantes, ou 54,5% do total. As outras 60, equivalentes a 45,5%, não se fizeram presentes.
Muitas, segundo o Painel apurou, simplesmente ignoraram o convite. Outras não puderam estar por não ter embaixador no país no momento, como Argentina, Chile e China. Outros importantes parceiros comerciais que não compareceram foram Japão, Singapura e Austrália.
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