Siga a folha

Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

Instituto Sou da Paz cobra punição a deputado que disparou arma no PSDB

Roque Barbieri deu um tiro após não ser recebido por dirigente do partido; caso ainda não teve andamento na Assembleia

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O Instituto Sou da Paz enviou ofícios ao presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Carlos Pignatari (PSDB), para a presidente do Conselho de Ética, deputada Maria Lucia Amary (PSDB), e para o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, pedindo punição ao deputado estadual Roque Barbieri (Avante).

Em 1º de setembro, câmeras de segurança na sede do PSDB estadual registraram o parlamentar disparando uma arma de fogo após, segundo relatos, não ter sido recebido pelo presidente do diretório, Marco Vinholi.

O deputado estadual Roque Barbieri, do Avante, foi flagrado pelas câmeras de segurança disparando uma arma de fogo dentro do diretório do PSDB em São Paulo. - (Foto: Câmeras de Segurança PSDB/Reprodução) - Reprodução

No documento, o instituto manifesta preocupação com a escalada da violência política nas eleições deste ano e cita ameaças sofridas pelo candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

"Sua conduta colocou em risco as vítimas do atentado, é uma ameaça frontal à democracia e um crime tipificado pela lei penal. Utilizar-se de arma de fogo para sanar diferenças políticas ou ameaçar opositores é absolutamente incompatível com o exercício de um mandato parlamentar, concedido democraticamente por parcela do eleitorado paulista", registra o documento, assinado pela diretora-executiva da entidade, Carolina Ricardo.

Ela defende que Barbieri cometeu o crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15º da lei 10.826/2003, e possivelmente o de porte ilegal de arma, previsto no artigo 14º. Afirma ainda estar certa da "convergência de objetivos no que se refere à garantia de um ambiente político seguro e com respeito à pluralidade".

Para Carolina Ricardo, não punir o parlamentar neste momento eleitoral "bastante acirrado e violento" pode servir de estímulo para outros crimes como esse. "Acaba autorizando e incentivando que outros casos como esse aconteçam", avalia.

Segundo levantamento feito em agosto pelo Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pela Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), 67,5% dos entrevistados afirmaram ter medo de serem "agredidos fisicamente pela sua escolha política ou partidária".

Em outubro, outra pesquisa do Datafolha indicou que 9% podem deixar de votar em 2 de outubro por medo de violência.

A Alesp informou ter recebido e encaminhado o ofício para a Secretaria Geral Parlamentar para instrução e análise. "As representações contra parlamentares são analisadas pelo Conselho de Ética, colegiado independente e autônomo da Alesp que, na atual gestão, tem cumprido com seu papel de forma transparente e democrática, levando as respostas à população paulista", diz em nota.

Já a assessoria do deputado Roque Barbieiri não retornou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas