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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Movimentos sociais brasileiros dizem que COP27 tem sido 'feira do clima'

Apib, MST, CUT e Uneafro dizem que debate sobre implementação de políticas ambientais tem sido deixado de lado

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São Paulo

O grupo Carta de Belém, composto por organizações e movimentos ligados à causa socioambiental, avalia que a primeira semana de negociações climáticas da COP27 não deu indícios de que vá cumprir com a expectativa embutida em seu slogan de "COP da implementação", na qual seriam apresentados os caminhos para realização efetiva do Acordo de Paris.

Diante desse diagnóstico, o grupo lançou a carta "Juntos para ação climática: com quem e para quê?", em que critica o que chama de "feira do clima", ou seja, a transformação em um balcão de negócios do espaço que traria soluções para o clima.

"Como primeira COP focada na 'implementação', assistimos a uma cacofonia de vozes e propostas que competem para vender oportunidades de negócios, tecnologia, financiamento (e endividamento) para alcançar a descarbonização, a neutralidade climática e um lugar no futuro net-zero (emissões líquidas zero)", diz trecho da carta.

"O centro das nossas preocupações é em particular a ofensiva dos mercados para participar de ações de mitigação vinculadas à terra, às florestas e a promoção de pretensas Soluções baseadas na Natureza (NbS), uma vez que ações climáticas neste setor vêm se configurando como uma grande oportunidade de investimentos –e portanto, de lucros e de especulação, inclusive financeira–, o que não pode ser igualado à verdadeira sustentabilidade e a transição justa que o mundo precisa", continua.

Assinam o texto Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), CUT, Coalizão Negra por Direitos, MST, Uneafro Brasil, entre outras.

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