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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Não adianta só gastar recursos públicos, diz Meirelles sobre Lula anunciar fim de privatizações

Ex-ministro afirma que presidente eleito vai se defrontar com dificuldade de financiamento para o setor público

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São Paulo

Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles diz enxergar negativamente a afirmação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que "vai acabar a privatização nesse país".

O petista deu a declaração nesta terça-feira (13), durante anúncio de que o ex-ministro e ex-senador Aloizio Mercadante (PT) será o presidente BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social).

"Ele vai se defrontar com a dificuldade de financiamento para o setor público. Não adianta só querer gastar recursos públicos, investir nas estatais. O problema é que o Tesouro tem déficit, é necessário captar recursos no mercado. Isso vai forçar a taxa de juros para cima, esse é o problema", afirma Meirelles ao Painel.

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, durante jantar em São Paulo - Mathilde Missioneiro-27.set.2022/Folhapress

Em relação à escolha de Mercadante para o BNDES, Meirelles diz que o mercado teme que ele retome a política de subsídios adotada em governos petistas anteriores.

"Tudo bem se ele tiver financiamento disso no mercado. Se não, vai ter que ser financiado pelo Tesouro, o que significa mais deficit público", afirma Meirelles.

Em relação à escolha do ex-banqueiro Gabriel Galípolo para secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Meirelles diz que o importante é que ele esteja alinhado com Fernando Haddad (PT), que será o titular da pasta.

Mas mais importante que o nome de Galípolo, diz, é saber quem serão os secretários do Tesouro e da Política Econômica.

"O mercado esta precificando em relação aos indícios que está vendo. O mercado tem que antecipar, fazer aposta. E está fazendo aposta em situação negativa", afirma Meirelles, sobre as oscilações na Bolsa a partir dos anúncios do novo governo.

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