Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Programação da posse de Lula será reavaliada após ameaça de atentado
Segundo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, terrorismo justifica preocupação
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que todos os procedimentos relativos à posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão revistos nesta semana, após a ameaça de um atentado a bomba provocado por um militante bolsonarista em Brasília.
"Tudo vai ser revisto, tudo repassado, passo a passo, para fortalecer a segurança do presidente e da posse. Estamos diante de um fato novo muito grave, envolvendo um homem com fuzis e bombas, que afirma não ter agido sozinho", disse ao Painel.
Não estão descartadas mudanças nos horários dos eventos, no trajeto de Lula na Esplanada e na programação, que envolve diversos shows. "Estamos em outro patamar, de terrorismo".
O futuro ministro afirma que uma linha de investigação é saber se houve financiamento para que o autor do quase-atentado, George Washington de Oliveira Sousa, adquirisse o arsenal apreendido. "Ele diz que é gerente de posto e investiu R$ 160 mil em armas. Quem pagou essa conta?".
Dino afirma que o episódio mostra que os acampamentos de bolsonaristas em frente a quartéis por todo o Brasil se tornaram ilegais. "São locais abertos, com armas. Esse problema ultrapassa a posse. Derrotamos Bolsonaro, mas não o bolsonarismo", disse.
O episódio poderá ser usado como peça para responsabilizar criminalmente o atual presidente após sua saída do cargo. Em seu depoimento, Sousa afirmou que foi encorajado pelas reiteradas declarações de Bolsonaro em defesa de que a população se arme contra a "tirania" do governo.
"A responsabilidade política do Bolsonaro é evidente. Estimulou o armamentismo irresponsável e atos de ataques a instituições. Mas a responsabilidade judicial ainda é cedo para falar", declarou o futuro ministro.
Coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho diz que há uma conexão do autor do atentado com Bolsonaro, ainda que por enquanto seja indireta. "Não tenho a menor dúvida de que chega nele. O presidente sempre incentivou esse tipo de coisa."
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters