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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Mara Gabrilli virou base do PT e contradiz sua história, diz presidente licenciado do PSDB

Bruno Araújo diz que senadora, que se filiou ao PSD, não pode se queixar de recursos para campanha

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São Paulo

Presidente licenciado do PSDB, Bruno Araújo (PE) afirma ao Painel que a senadora Mara Gabrilli (SP), que decidiu deixar o PSDB após 19 anos de militância para se filiar ao PSD, entra em verdadeira contradição com sua história ao "passar a fazer parte da base de apoio do PT". A sigla comandada por Gilberto Kassab tem três ministérios no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista à Folha, a senadora criticou a condução do PSDB por Araújo nas últimas eleições e disse que ficou decepcionada com a forma que o partido fez a distribuição de recursos a mulheres. Para ela, os motivos teriam sido o machismo estrutural da política e a centralização da distribuição de recursos pelo então presidente tucano.

Bruno Araújo (PSDB), ex-presidente do diretório nacional do PSDB, durante convenção da sigla - Pedro Ladeira-31.mai.2019/Folhapress

"O partido deu uma bela de uma encolhida. E eu sempre defendi manter postura independente, não acredito no quanto pior, melhor. Sempre fui oposição, mas construindo. Aí o Bruno diz que seríamos oposição", afirmou a senadora.

A respeito da possibilidade de ser vista como contraditória por se filiar a um partido que apoia Lula nacionalmente, Gabrilli disse que o Brasil está em um momento que precisa de pacificação, que não importa o que ela sente pelo atual presidente e que está confortável consigo mesma.

A parlamentar sempre foi crítica ao PT e é filha de um dos empresários do ramo de transportes do Grande ABC que denunciou ter sido extorquido pela administração petista na investigação acerca do sequestro e morte do prefeito de Santo André Celso Daniel.

Araújo afirma que Gabrilli tem direito de falar o que quiser da administração do PSDB, mas que não pode se queixar de recursos recebidos.

"Apenas nas últimas eleições recebeu milhões para sua fazer campanha de 'vice' [de Simone Tebet, MDB]", diz o ex-ministro. O PSDB repassou R$ 6,5 milhões para Tebet e Mara, segundo prestação de contas à Justiça eleitoral.

O próximo presidente tucano será Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que provavelmente assumirá o posto em caráter provisório a partir de quinta-feira (2). A convenção nacional dos tucanos, marcada para 31 de maio, deverá empossá-lo definitivamente.

O presidente do PSDB de São Paulo, Marco Vinholi, afirmou que a senadora foi "muito infeliz em suas colocações relacionadas ao PSDB".

"Vejo o conjunto do partido desapontado. Pela sua história no partido, penso que deveria ter feito uma manifestação diferente", afirmou.

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