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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Fachin indica ser favorável à luta antimanicomial de forma cifrada em despacho

Ministro do STF datou documento em ação que questiona fim dos hospitais de custódia com alusão a data sobre o tema

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Brasília

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin usou de um expediente pouco usual em um despacho na semana passada para indicar posição favorável ao fim dos manicômios.

O ministro Edson Fachin durante sessão do STF - Carlos Moura/SCO/STF

No final, em vez de preencher o dia do despacho, 18 de maio de 2023, escreveu "Dia Nacional da Luta Antimanicomial, 2023", que é comemorado na data.

Ministro do STF, Edson Fachin preenche data com efeméride da Luta Antimanicomial - Reprodução

Fachin é o relator de uma ação protocolada pelo Podemos contra a resolução 487 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), editada em fevereiro, que prevê o fim gradual dos hospitais de custódia no Brasil. Ela se baseia na Lei Antimanicomial, de 2021.

Ambiente do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), único hospital de custódia e tratamento do Estado que recebe anualmente, de todas as varas criminais estaduais, inclusive federais e militares sediadas no Estado, 2 mil requisições de perícias psiquiátricas criminais (Foto: Ricardo Jaeger/Folhapress) - Ricardo Jaeger/Folhapress

A resolução determina que quem cometeu delito e é inimputável não pode ser tratado em instituições de caráter asilar. Os cuidados devem ser integrados à assistência social e ao local em que a pessoa vive, com um plano terapêutico para cada paciente.

Na ação, o Podemos argumenta que, ao permitir a soltura de pessoas perigosas, a resolução representaria uma ameaça à segurança individual das famílias. Diz também que usurpou a competência legislativa do Congresso Nacional.

No despacho, Fachin pede para o CNJ, a AGU (Advocacia Geral da União) e a PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestarem.

"Dado o tempo que o Conselho levou para amadurecê-la [a resolução] e dada a expressiva aprovação por parte de seus integrantes, é prudente que, não obstante a relevância da matéria, o pronunciamento deste Supremo Tribunal Federal se dê de forma definitiva", pondera.

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