Siga a folha

Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant

Descrição de chapéu Folhajus

Zanin poderá desempatar ação no STF na qual OAB aponta conflito

Favorito para ser indicado para a corte, ele advoga para empresa que poderia ser afetada por ação sobre venda de terras a estrangeiros

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

Duas ações que analisam se estrangeiros podem comprar terras no Brasil tiveram empate de 5 a 5 no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta (4), os primeiros desde a saída do ministro Ricardo Lewandowski da corte, em maio.

Em casos assim, a corte espera o novo membro chegar para desempatar, mas a nomeação de Cristiano Zanin, se confirmada, adicionará um complicador.

Ele advoga para a J&F na batalha judicial com a indonésia Paper Excellence pela propriedade de uma empresa de celulose, disputa que poderia ser afetada pela decisão.

Cotado para STF (Supremo Tribunal Federal), advogado Cristiano Zanin Martins pode ser responsável por inaugurar voto de minerva (Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress) - Folhapress

A ADPF 342 e a ACO 2463 foram levadas a julgamento no plenário virtual. A percepção interna na corte é de que Zanin precisaria se declarar impedido caso tenha de analisá-las.

Se o novo ministro não puder votar, a presidente da corte, Rosa Weber, dará o chamado "voto de minerva".

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu para ser incluída como amicus curiae nas ações sobre compra de terras por estrangeiros e solicitou que todas as vendas em andamento sejam suspensas.

No pedido, afirma que o assunto interfere em negócios bilionários em andamento e cita a disputa em questão. O litígio, que já dura quatro anos, envolve o destino de ao menos R$ 6 bilhões.

Aliados de Zanin, no entanto, não veem relação entre a compra de terras por estrangeiros e briga entre as duas empresas, o que poderia levar a um impasse e gerar constrangimento.

Sustentam também não caber suspeição em ações de controle concentrado, que analisam a constitucionalidade de normas e não pessoas ou réus. O argumento é que não há partes interessadas e, por conseguinte, conflito de interesses.

Antes do início da sessão que analisou o indulto ao ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) nesta quinta, os ministros do STF chegaram a conversar sobre qual seria o melhor procedimento nesse caso. O mais provável é que eles aguardem a confirmação de quem será indicado para decidir como desempatar a questão.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas