O Plano Plurianual (PPA), que será anunciado pelo governo federal até 31 de agosto, terá metas individualizadas para serem cumpridas por cada um dos ministérios.

"Teremos o controle popular dos ministérios. Cada ministério estabelecerá suas métricas: de IDH, de desemprego, de desmatamento, por exemplo. Isso constará de anexos, e a sociedade e a imprensa vão poder acompanhar. Não haverá punição, mas nenhum ministro vai querer deixar de cumpri-las", diz a ministra do Planejamento, Simone Tebet, responsável pelo plano.

O PPA contém o planejamento para os próximos quatro anos. Ele foi elaborado em parte por meio de plenárias nos 27 estados e, pela primeira vez, com ajuda de uma plataforma digital, o Brasil Participativo. Por meio dela, cidadãos puderam enviar sugestões.

"É o primeiro PPA com conectividade, que permitiu sair da bolha dos movimentos sociais. Nas plenárias, eles eram 70% dos presentes, mas tivemos 1,5 milhão de votos e 5 milhões de visualizações no site, o que ajudou a ampliar muito o universo e a termos uma tradução mais fidedigna da vida real", diz Tebet.

Segundo ela, outro aspecto inédito foi o fato de ter sido o primeiro PPA levando em conta aspectos de gênero e raça.