Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Movimento no Amapá pressiona pela exploração de petróleo na Margem Equatorial

Tema é alvo de disputa entre as áreas ambiental e energética do governo Lula (PT)

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O movimento Prepara Amapá será lançado na terça-feira (5) em seminário na Assembleia do estado. Tem como mote a pressão pela exploração de petróleo na Margem Equatorial e a discussão sobre os benefícios que pode trazer. O tema ainda está sob análise do Ibama.

Autoridades do governo, Legislativo e Judiciário locais participarão, bem como representantes de Petrobras, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Sebrae e Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

A exploração na margem equatorial é alvo de disputa entre as áreas ambiental e energética do governo. A bacia da Foz do Amazonas é considerada pelo setor de petróleo parte da solução para renovar as reservas brasileiras com o início do declínio da produção do pré-sal na próxima década.

Parque Nacional do Cabo Orange, na costa do estado do Amapá, na foz do Amazonas, região que está na mira da indústria petrolífera. A Petrobras fez pedido para perfurar bacia na foz do rio Amazonas com o objetivo de explorar petróleo a mais de 500 km da costa. Victor Moriyama/Greenpeace/

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) negou o pedido, afirmando que a região da foz é de extrema sensibilidade socioambiental por possuir unidades de conservação, terras indígenas, mangues e grande biodiversidade marinha. Victor Moriyama/Greenpeace/

O instituto afirma que o pedido estava incompleto em pontos como plano de proteção à fauna e plano de comunicação social para as comunidades indígenas. Victor Moriyama/Greenpeace/

A Petrobras argumenta que a fase de perfuração é apenas preliminar, de curta duração e para averiguar a existência de uma reserva no subsolo; na foto, o Parque Nacional do Cabo Orange, na costa do estado do Amapá. Victor Moriyama/Greenpeace/

Imagens captadas por submarino dos corais da Amazônia, na região da foz do rio Amazonas, no Amapá. A Petrobras defende que, como os impactos ambientais aconteceriam apenas nas fases seguintes da operação -como na instalação de bases e na própria extração do petróleo-, não deveriam ser considerados neste momento. Greenpeace/

A decisão do Ibama provocou um racha entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (foto), defensor da exploração, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a favor da proibição. Iara Morselli/Divulgação Esfera/

O presidente Lula teria se sentido traído por não ter sido informado previamente da negativa do Ibama. Em encontro do G7 no Japão, ele defendeu a exploração por ser 'em alto mar', colocando Marina Silva na berlinda. Pedro Ladeira - 29.dez.22/Folhapress/

Barreira de corais na foz do rio Amazonas, composta por corais, algas e outros organismos marinhos. Marina Silva afirma que a decisão do Ibama foi técnica, feita por dez integrantes do órgão, de forma unânime, e que o governo deve exigir estudo ambiental mais amplo. Alexis Rosenfeld/Olivier Bianchimani/Greenpeace/

A Petrobras diz que vai insistir na exploração de petróleo e que apresentará novas propostas para a segurança ambiental; na imagem, um banco de rodolitos coberto por algumas esponjas-do-mar na região dos corais do rio Amazonas, a 180 metros de profundidade e 120 km da costa brasileira.. Greenpeace/

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