Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Equador América Latina

Grupo que reúne petistas apoia ação linha-dura do Equador contra crime

Grupo de Puebla tem entre seus integrantes Fernando Haddad, Dilma Rousseff e Lula

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O Grupo de Puebla, que reúne líderes latino-americanos de esquerda, deu respaldo às medidas linha-dura anunciadas pelo presidente direitista do Equador, Daniel Noboa, contra a onda de violência no país.

"Acompanhamos o chamado ao governo do presidente Noboa e demais atores da institucionalidade para que não economizem medidas para proteger os equatorianos nestes difíceis momentos", diz comunicado do grupo.

Entre os brasileiros que fazem parte da entidade estão o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ex-presidente Dilma Rousseff e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os equatorianos, a principal figura é o ex-presidente Rafael Correa, que, apesar de adversário de Noboa, deu apoio às medidas.

"O Equador necessita que se consolide a unidade nacional e regional em sua luta contra o crime organizado. Todo nosso apoio e solidariedade ao povo equatoriano", diz o comunicado.

O Equador voltou a viver sob um estado de emergência, uma medida relativamente comum no país, mas que militariza as vias públicas, após uma nova crise de segurança envolvendo os cartéis de drogas ser deflagrada; numa escalada da situação, o recém-empossado presidente Daniel Noboa reconheceu que o país da América do Sul vive uma situação de conflito armado interno; na foto, militares chegam em uma prisão em Guayaquil para controlar os detentos. Reuters/Vicente Gaibor del Pino - 9.jan.24

O caos teve início em 7 de janeiro, um domingo, quando o líder dos Choneros, um dos maiores grupos criminais do país, conhecido como Fito, fugiu da prisão onde estava cumprindo pena desde 2011; ele escapou durante uma operação que tinha como finalidade transferi-lo para uma prisão de segurança máxima; na imagem, Fito durante sua última aparição pública, em agosto de 2023. Divulgação Forças Armadas do Equador via AFP/12.ago.23

Foi quando o presidente Daniel Noboa anunciou à população que o país voltaria a um estado de emergência e fez um duro discurso contra a atuação das gangues envolvidas com drogas, afirmando que faria de tudo para as combater. Reprodução Presidência do Equador via AFP/8.jan.24

Menos de 24 horas após a declaração de estado de emergência, homens armados invadiram um canal de televisão em Guayaquil que transmitia um telejornal ao vivo e disseram, em rede nacional, que ninguém deveria tentar parar a máfia no país. Instagram/Reproduçao Canal Alerta News 24

Cerca de duas horas após a invasão, durante as quais os funcionários foram feitos reféns, a polícia conseguiu acesso ao local e prendeu ao menos 13 homens, com os quais foram apreendidas armas de fogo e munições, além de explosivos. AFP/Marcos Pin - 9.jan.24

Na madrugada que antecedeu a invasão do telejornal ao vivo, o país já havia vivido o que a imprensa local chamou de uma noite do terror; quatro policiais foram sequestrados enquanto estavam em serviço; na imagem, familiares de presos caminham ao lado de militares que protegem prisão em Quito, a capital. Reuters/Karen Toro - 8.jan.24

Não é de hoje que o país vive uma crise de violência; os conflitos nas prisões têm se tornado cada vez mais comuns, e as taxas de homicídio saltaram no país nos últimos anos, levando, entre outras coisas, a um grande número de pessoas deixando o Equador em busca de locais mais seguros para viver; policial revista homem nas ruas de Guayaquil. Reuters/Vicent Gaibor Del Pino - 9.jan.24

Militares em blindado patrulham área próxima do palácio presidencial em Quito, no Equador, após presidente decretar estado de exceção e admitir que país 'vive conflito armado interno'. AFP/Rodrigo Buendia - 9.jan.24

Militares em blindado patrulham área próxima do palácio presidencial em Quito, no Equador, após presidente decretar estado de exceção e admitir que país 'vive conflito armado interno'. AFP/Rodrigo Buendia - 9.jan.24

Militares em blindado patrulham centro histórico de Quito, no Equador, após presidente decretar estado de exceção e admitir que país 'vive conflito armado interno'. Reuters/Karen Toro - 9.jan.24

Soldados montam guarda em frente ao palácio presidencial Carondelet em Quito, no Equador. /Rodrigo Buendia - 10.jan.23/AFP

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