Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Processo de Silvio Almeida contra internauta por injúria racial avança
Ministro entrou com queixa-crime contra usuário de rede social após ter sido chamado de macaco
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A notícia-crime para apurar injúria racial cometida por um usuário de uma rede social que chamou o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) de macaco teve movimentação na Procuradoria da República no Município de Caruaru (PE).
O caso foi recebido pelo gabinete do procurador André Estima de Souza Leite, que já fez uma análise preliminar da representação e "assinou despacho para adoção das providências necessárias à ampla apuração dos fatos", segundo a Procuradoria da República em Caruaru - PE.
No último dia 8 de novembro, o canal oficial do ministério no Instagram postou uma entrevista em que Almeida comentava a guerra entre Israel e o Hamas. Em um dos comentários, uma pessoa chamou o ministro de "macaco" e diz que ele deveria estar "lá no fogo cruzado".
O usuário se identificou com o perfil "cicero5658", cujo responsável seria um homem chamado Cícero Lima.
Na notícia-crime enviada ao Ministério Público, o ministro, além de pedir instauração de inquérito policial, solicita diligências, com quebra do sigilo de dados das redes sociais, para identificar o nome completo e o endereço do autor.
"Há de se observar que o insulto carrega arraigados contornos de violência, pois a associação entre pessoas negras e animais indica uma articulada prática de desumanização que, no passado, legitimou formas de subjugação como o colonialismo e a escravidão", indica a notícia-crime.
"A reprodução dessa concepção repugnante, por sua vez, revela o manifesto escopo de perpetuar discriminações baseadas em fundamentos raciais."
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