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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Governo Lula

Centrais sindicais são excluídas de reunião com Lula e falam em CUT privilegiada

Governo afirma que se trata de encontro informal do presidente com movimentos sociais

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São Paulo

Os presidentes das centrais sindicais dizem que foram pegos de surpresa com a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza uma reunião neste sábado (6) com movimentos sociais e chamou apenas a CUT (Central Única dos Trabalhadores), sem convite para as demais.

Além da CUT, também foram convidados representantes de movimentos sociais como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e CMP (Central de Movimentos Populares).

O governo afirma que se trata de um encontro informal com entidades de movimentos sociais, uma conversa mais pessoal do presidente, e não uma reunião com centrais sindicais —que teriam sido chamadas se a proposta fosse a de se encontrar com grupos sindicais. A conversa acontece na Granja do Torto, residência de campo da Presidência, em Brasília.

Lula durante evento de celebração do 1º de Maio, Dia do Trabalho, organizado pelas centrais sindicais no Vale do Anhangabaú - Bruno Santos-1º.mai.2023/Folhapress

Os presidentes das centrais relatam desconforto e estranhamento com a decisão e afirmam que têm pedido um encontro com o petista há meses, sem sucesso.

"A eleição do Lula foi com todas as centrais. Ele não foi eleito pela CUT nem pelo PT. Para ter governabilidade, ele tem um leque de alianças. Ele não pode valorizar uma central em detrimento das outras. Se fosse só pela CUT, ele não seria eleito. Foi eleito porque nós estávamos juntos", afirma Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).

"O Lula é uma pessoa sensível. Deve ter sido a assessoria dele que filtrou de forma indevida e excluiu os principais aliados. Acho que se ele tivesse sido consultado a respeito da presença das centrais, diria que sim. Existe uma assessoria que não valoriza ação conjunta que elegeu o Lula", afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

"O presidente fala com quem ele achar que deve falar. Se quiser falar conosco, é só nos convidar", afirma Antonio Neto, presidente da CSB.

A tensão acontece a menos de um mês do 1º de Maio, Dia do Trabalho, em que as centrais sindicais organizam eventos pelo país dos quais Lula costuma participar.

Como mostrou o Painel em janeiro, movimentos sociais alinhados ao governo petista têm se queixado de distância do presidente no atual mandato e cobram contato direto em 2024.

Em março, João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do MST, afirmou à coluna que seria importante que Lula recebesse os movimentos populares assim como havia feito com membros do setor de fruticultura e sucos no dia 21 do mês passado.

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann esteve na reunião e afirma à coluna que esse grupo de organizações "se reunia com o presidente desde antes de 2018, variando um pouco as representações". Segundo ela, Lula quer grupos menores "para poder ouvir".

"Não houve exclusões, apenas o início de um processo de encontros com lideranças de movimentos populares e sindicais", diz.

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