O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (21) que o agronegócio não está "num nível de paixão total" com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas que já "há um grande reconhecimento" de que o chefe do Executivo é comprometido com o setor.
O petista se reúne com Fávaro e cerca de 60 representantes da fruticultura e dos sucos nesta tarde, na Granja do Torto, em Brasília. A ideia do encontro é uma tentativa de aproximar Lula ao setor, que é mais ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ainda apresenta resistências ao governo atual.
O ministro disse que Bolsonaro conseguiu, durante a campanha eleitoral, "apagar da imagem dos produtores brasileiros" a atuação de Lula durante o seu primeiro e segundo mandato, com ações que geraram um "salto de desenvolvimento desses setores".
"Não estamos num nível de paixão total, mas já há um grande reconhecimento que, primeiro, muitos dos temores plantados em campanha eleitoral eram mentiras, fake news, e que o presidente é comprometido com esse setor sim por ações, não por discurso", afirmou o ministro.
Fávaro disse que no começo da gestão do petista houve "hostilidade muito grande" do setor com Lula, citando como exemplo a feira Agrishow de 2023, na qual ele afirma ter sido desconvidado após confirmação da participação de Bolsonaro no evento. Agora, ele diz que a situação "já melhorou muito".
O ministro disse que ao final do mandato de Lula, "a imensa maioria dos produtores" irá reconhecer que "terá sido um grande governo para a agropecuária", independentemente de quem eles votarão nas eleições de 2026.
Segundo Fávaro, a ideia é que esses encontros com representantes de setores do agro e o presidente possam ocorrer frequentemente. Ele disse que estão previstas reuniões com membros de setores como café, algodão, floresta plantada e bioinsumos.
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