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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Documentário traz depoimento de filho e viúva de petista morto por bolsonarista

Além do caso envolvendo Marcelo Arruda, produção aborda ainda ataques contra feminista Lola Aronovich e agressão a ex-entregador de aplicativo

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Brasília

A ONG Criar Brasil programou para esta quinta-feira (4) a pré-estreia de um documentário sobre construção do ódio que traz depoimentos da viúva e do filho do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, morto após ser baleado pelo ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho.

Enterro do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR)
Enterro do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR) - Paulo Lisboa/Folhapress

O pré-lançamento ocorre no mesmo dia em que terá início o júri popular que analisará o crime. Em julho de 2022, Arruda fez uma festa de aniversário para comemorar seus 50 anos com o tema PT. Guaranho passou de carro em frente ao salão de festas dizendo "Aqui é Bolsonaro" e "Lula ladrão". Eles discutiram e, mais tarde, o ex-policial penal voltou ao local e atirou contra o guarda municipal.

No documentário, a viúva, Pamela Silva atribuiu o assassinato ao fato de Arruda à política. "Infelizmente, isso foi fomentado...esse ódio entre partidos políticos, em pensamentos e ideologias políticas, isso foi fomentado por desinformação, muita fake news, informação inverídica", complementa, acrescentando que o ex-presidente Jair Bolsonaro —a quem não cita nominalmente—, em sua avaliação, contribuiu para o agravamento do quadro.

"Quando ele fala 'vamos exterminar a petralhada'...então, assim, ele dá uma ordem de comando para seus apoiadores. E ele fomentou isso de uma forma sempre com violência", afirma. "As pessoas não podem achar que podem sair matando só porque você pensa diferente de mim."

O filho de Arruda, Leonardo Miranda, também aparece no documentário. "Perder uma pessoa que a gente ama por uma bobeira é sem sentido. Você matar uma pessoa por causa de diferença política...", diz.

A produção traz ainda os ataques sofridos pela feminista Lola Aronovich e pelo ex-entregador de aplicativo Max Santos, agredido a correntadas em São Conrado, Zona Sul do Rio. O documentário tem 45 minutos. A pré-estreia acontecerá às 19h no Cine Joia, localizado na avenida Nossa Senhora de Copacabana, 680. A entrada é gratuita.

A expectativa é que no final de abril a produção seja disponibilizada em redes sociais.

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