Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
CGU determina que Sérgio Camargo não ocupe cargos públicos por 8 anos
Controladoria analisou denúncias de assédio moral e perseguição político-ideológica praticados pelo ex-presidente da Fundação Palmares
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A CGU (Controladoria-Geral da União) decidiu que o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares Sérgio Camargo não poderá ocupar cargos públicos por 8 anos, após analisar denúncias de prática de assédio moral cometida pelo indicado ao cargo por Jair Bolsonaro (PL).
A apuração da Controladoria teve início a partir do recebimento de ofício do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal que relatava casos de assédio moral, caracterizado por perseguição político-ideológica a trabalhadores da fundação.
Foram apresentadas quatro irregularidades cometidas por Camargo, entre elas usar a expressão "escória maldita" para se referir ao movimento negro. Segundo denúncia, o ex-presidente da Palmares também era desrespeitoso e ofensivo a servidores em redes sociais e reuniões da Fundação.
Camargo também foi acusado de praticar "condutas incompatíveis com a moralidade administrativa", como determinar que diretores retirassem da fundação servidores e empregados terceirizados que tivessem posições político-ideológicas de esquerda e ordenar que diretores e funcionários próximos monitorassem redes sociais de funcionários. Além disso, ele teria desligado empregados terceirizados por supor que seriam de esquerda.
A CGU arquivou por falta de provas uma das irregularidades apontadas: a de que Camargo teria se valido do cargo para contratar empregado terceirizado na fundação.
Segundo a decisão, todas as irregularidades foram comprovadas em depoimentos e em publicações na rede social X. Por isso, a CGU determinou que Camargo não poderá ocupar cargos públicos por 8 anos.
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