Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Governo Lula violência

Violência contra mulher não pode ser naturalizada, diz deputada do PSOL sobre 'piada' de Lula

'Se o cara é corintiano, tudo bem', disse presidente sobre violência de gênero após jogos de futebol

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) reprovou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (17) de que condena violência doméstica, mas, "se o cara for corintiano, tudo bem".

Autora do livro "Tudo isso é feminismo?", que faz um resgate histórico da luta das mulheres, Melchionna afirma que Lula fez uma "'piada' lamentável" e que violência de gênero é "gravíssima e não pode ser naturalizada".

A declaração de Lula foi dada em meio a um comentário em que ele criticava a violência doméstica e elogiava a presença de mulheres em um evento com empresários do ramo alimentício no Palácio do Planalto.

O presidente Lula (PT) durante reunião com empresários da indústria de alimentos - Folhapress

"Hoje eu fiquei sabendo uma notícia triste. Tem pesquisa, [Fernando] Haddad [ministro da Fazenda], que mostra que depois de um jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente", disse o petista.

Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o governo afirmou que "em nenhum momento o presidente Lula endossa ou endossou" a violência contra as mulheres.

Secretária de Mulheres do PT, Anne Moura disse ao Painel que Lula "foi infeliz" ao tentar descontrair e usar tom jocoso para tratar de tema delicado.

Por outro lado, afirmou que a fala tem sido distorcida e que não significa que ele respalde violência de gênero ou que justifique o aumento de casos.

"Não aceitaremos tornar o presidente que mais fez pela proteção da mulher no algoz das mesmas", disse. "É um presidente comprometido com a pauta do combate à violência de gênero e nós, das mulheres do PT, formulamos diariamente sobre o tema para subsidiar o governo e o partido."

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) discursa no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília - Zeca Ribeiro-20.mai.2024/Câmara dos Deputados

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas