Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Ataques a indígenas em Mato Grosso do Sul são ato de milícia, diz ministro
Silvio Almeida recebeu grupo de dez guarani-kayowá do estado, que vive escalada de tensão
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O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) classificou nesta quarta-feira (7) os ataques a indígenas guarani-kaiowá em Mato Grosso do Sul como "ato de milícia" e afirmou que o governo está empenhado em interromper os conflitos com a ação integrada dos ministérios e órgãos do Executivo.
"As pessoas que estão promovendo esse tipo de violência, saibam que esses atos não ficarão impunes", disse o ministro. "Isso é um compromisso do governo brasileiro e nós estaremos ao lado dos povos indígenas na sua luta histórica por uma vida digna, uma vida decente."
"Da nossa parte, haverá empenho e essa é uma determinação expressa do presidente Lula", acrescentou.
O ministro recebeu um grupo de dez indígenas de Mato Grosso do Sul e ouviu relatos do que acontece na região. Na segunda-feira (5), o governo reforçou a atuação da Força Nacional na região da Terra Indígena (TI) Lagoa Panambi, localizada em Douradina, em Mato Grosso do Sul, onde indígenas guarani-kaiowá foram atacados no fim de semana.
A líder indígena Valdelice Veron, que representa os guarani-kaiowá da Grande Assembleia Aty Guasu, afirmou que o que está ocorrendo na região "não é mais um conflito, é um massacre".
"Esperamos segurança efetiva. As nossas aldeias estão sendo atacadas, estão queimando as nossas casas", disse.
O Ministério dos Povos Indígenas afirma que os ataques ocorreram em território delimitado pela Funai em 2011. De acordo com os indígenas, os ataques partiram de policiais militares e fazendeiros armados, que teriam montado acampamento em área indígena.
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