Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant
Filho de Mário Covas diz que Nunes desrespeita Bruno Covas ao se unir a Bolsonaro
Ex-vereador Mário Covas Neto, que apoia Datena, afirma que prefeito virou marionete da disputa entre Bolsonaro e Lula
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O ex-vereador Mário Covas Neto (PSDB), conhecido como Zuzinha, afirma que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu fazer uma aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em busca de ganho político para se reeleger "na base da polarização". No entanto, ao fazê-lo, o emedebista "vira um marionete do jogo político nacional entre Lula (PT) e Bolsonaro".
Filho do ex-governador Mário Covas, Zuzinha foi cotado para a vice de José Luiz Datena (PSDB), candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, mas o posto acabou ocupado pelo ex-senador José Aníbal (PSDB).
Em discurso no sábado (3), durante a convenção do MDB, Nunes exaltou o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem foi vice até 2021, quando morreu o neto de Mário Covas.
O evento teve participação destacada de Bolsonaro, que também foi saudado pelo prefeito no palanque. Tomás Covas, filho de Bruno, participou do evento e discursou em apoio a Nunes.
Zuzinha diz que as referências positivas ao seu sobrinho Bruno da parte de Nunes são naturais e mostram gratidão "a alguém que o escolheu como vice mesmo fazendo parte de uma bancada de dois vereadores na Câmara Municipal".
No entanto, diz, Nunes poderia ter retribuído o gesto "ao menos respeitando a memória do Bruno, que por diversas vezes se posicionou firmemente contra o Bolsonaro".
Segundo o ex-vereador, Nunes "tenta se desvincular do Bolsonaro falando do Bruno, mas aceita o vice imposto por ele". O coronel Ricardo Mello Araújo (PL), vice do emedebista, foi escolhido pelo ex-presidente.
Bruno Covas criticou Bolsonaro diversas vezes ao longo de seu mandato, especialmente em relação ao endosso à ditadura militar e ao negacionismo no combate à pandemia da Covid-19. Após a morte do prefeito tucano, Bolsonaro se referiu a ele como "o outro, que morreu".
"O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã. Esse é o exemplo", disse o então presidente.
Em tratamento de câncer, Covas disse, após críticas que recebeu na ocasião, que, depois de "tantas incertezas sobre a vida", a felicidade de ir com o filho Tomás para o estádio "tomou uma proporção diferente".
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters