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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Decisão sobre o diesel assusta um pouco, diz presidente da Estrela

Apesar da intervenção no preço da Petrobras, economia segue no caminho certo, afirma

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São Paulo

O governo de Jair Bolsonaro tem enfrentado percalços e gerado alguma ansiedade nos empresários brasileiros, mas a tendência é que a situação se resolva, segundo Carlos Tilkian, presidente da fabricante de brinquedos Estrela.

O executivo discorda da decisão do presidente de intervir no preço do diesel na última sexta (12), afirma que ela assusta um pouco o setor privado, mas diz que a equipe econômica ainda está no caminho certo.

Carlos Tilkian, presidente da fabricante de brinquedos Estrela - Karime Xavier - 11.abr.11/Folhapress

Como vocês têm olhado para essa queda de confiança recente no país? Tem a ver só com reforma da Previdência?

O que tenho visto é que quando você tem um novo governo, especialmente um que tenha montado uma equipe econômica muito forte, a expectativa do empresariado é que você já pudesse ter a curto prazo efeitos que refletissem na economia o aumento de consumo e maior geração de emprego. Praticamente tudo isso está calcado na aprovação da reforma da Previdência, e hoje está claro que esse é processo não é tão de curto prazo.

Enquanto isso não ocorrer, embora a expectativa continue positiva, ela não se reflete no dia a dia. O primeiro trimestre para a maioria dos setores foi linear, alguns cresceram um pouco, alguns caíram, então isso vai gerando um pouco de ansiedade

E a expectativa ainda é de que a reforma vai sair? E ainda do mesmo jeito ou já um pouco diferente da proposta atual?

A expectativa é de que a reforma saia, sim. De que tamanho já é difícil dizer porque não sou especialista. Mas acredito que qualquer reforma e qualquer aprovação é melhor do que não se fazer nada.

O que a gente vê é que em outros países é que o processo que demorou 3, 4, 5, até 10 renegociações. Então o importante é começar, porque ao fazê-lo você sinaliza, principalmente ao mercado externo, um novo rumo ao país, uma nova perspectiva de médio e longo prazo, e com isso incentiva a entrada de capital que ajudaria no crescimento econômico.

Como o setor privado recebeu essa questão da Petrobras [de intervenção do presidente Jair Bolsonaro no aumento de preço do diesel da última sexta (12)]?

Na minha percepção cada vez mais a sociedade brasileira tem a clareza da importância da aprovação da reforma da Previdência, o benefício que isso trará a médio e longo prazo. Outro ponto que não tem ganhado destaque foi o início da sinalização de um modelo de reforma tributária, isso sim traz para o setor produtivo um ganho de produtividade e energia muito grande a curto prazo. Mas claro que ao longo desse processo vamos ter percalços.

Infelizmente a decisão [da intervenção] do preço do diesel, na minha opinião, não foi correta, porque ela assusta um pouco, a ação é diferente do discurso liberal. Mas são os percalços de um governo novo. A equipe é forte, coerente, muito unida, e todos nós estamos muito confiantes de que embora esses percalços possam ocorrer, estamos no caminho certo.

Leia a coluna completa aqui.

com Igor Utsumi e Paula Soprana 

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