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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Após investigação, Petrobras mantém sigilo em negociação de petróleo

Quatro meses após investigação, companhia se limita a dizer que negócios estão suspensos

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São Paulo

Quatro meses depois da investigação envolvendo as multinacionais Trafigura, Glencore, Chemoil, Vitol, Chemium e Oil Trade, a Petrobras mantém sigilo sobre as empresas com as quais faz trocas internacionais de petróleo e derivados.

A negociação com essas operadoras foi interrompida temporariamente após a Lava Jato deflagrar suposto pagamento de propinas bilionárias a funcionários da Petrobras. A estatal afirma que não fez “substituição direta” das empresas por outras.

Quais? Procurada, a companhia diz que comercializa o combustível conforme sua necessidade, que “conta com mais empresas” em seu banco e que recorre a elas quando quer negociar o produto.

No tanque A operação da Polícia Federal foi motivada pela apuração de suspeitas de vantagens na aquisição de derivados de petróleo e em negócios de locação de tanques de armazenagem. 

Pendura aí Um olhar pelos balanços financeiros das quatro grandes universidades de capital aberto conclui que o volume de mensalidades a receber está em alta. Na Kroton, a maior delas, subiu de R$ 2,99 bilhões, em 2017, para R$ 3,74 bilhões em 2018 ao se considerar também o Fies.

Sinal Pode ser um indicador de maior inadimplência ou evasão, segundo William Klein, da consultoria Hoper. Para as universidades, a correlação é outra.

Próprias pernas “A alta é reflexo do fortalecimento de programas próprios de parcelamento, parte das medidas que ajudaram a manter a base de alunos estável apesar do encolhimento do Fies”, afirma a Estácio, em nota.

Tudo junto A Ânima diz que é preciso relacionar a alta das pendências à da receita. “Cabe lembrar que elevação não implica necessariamente em maior inadimplência, já que parte dos estudantes encontra condições de renegociar”. 

Silêncio  Kroton e Ser Educacional não responderam.

A quem interessar... O Ministério da Saúde vai mudar a forma de adquirir remédios que precisam ser comprados após decisões judiciais. A pasta passará a publicar chamamentos públicos.

...possa As compras, porém, continuarão sendo feitas de forma direta, sem pregão. Hoje, a pasta entra em contato com possíveis fornecedores. A mudança é uma tentativa de reduzir o gasto com demandas judiciais, estimado em R$ 1 bilhão por ano pela Saúde.

Tremor Bolsonaro não mediu consequências ao intervir no preço do diesel, na visão de Stephane Engelhard, vice-presidente de relações institucionais do Carrefour.

Cautela “É uma questão de aprendizado. No fundo, há um medo enorme dos caminhoneiros”, afirmou o executivo da rede varejista. “Ele quis agradar, mas não pensando no macro.”


PROSA

“Infelizmente, a decisão do diesel, na minha opinião, não foi correta. Ela assusta um pouco porque a ação difere do discurso liberal. Mas são os percalços de um governo novo"

Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela, sobre intervenção do presidente Jair Bolsonaro nos preços da Petrobras na última sexta (12)

Com Igor Ustumi e Paula Soprana

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