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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Regulação de patinetes em SP deixa dúvidas sobre setor, diz empresa americana

Para executivo da Lime, não ficou claro como será o estacionamento dos equipamentos

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São Paulo

A multinacional de patinetes Lime afirmou que a regulação para uso desse meio de transporte publicada pela prefeitura é pouco clara e dá à patinete tratamento diferente do dispensado à bicicleta.

A companhia planeja enviar, ainda nesta quinta (31) questionamento escrito ao município.

Entre as dúvidas que ficaram no mercado estão os locais onde serão colocados os estacionamentos para patinetes (que passam a ser obrigatórios) e  quais serão suas dimensões e distância entre eles, diz Felipe Daud, diretor de relações governamentais da empresa.

Ele afirma que pode haver desincentivo à patinete caso não sejam incluídos muitos pontos de parada. Isso porque, segundo o executivo, a maior parte das viagens com o meio de locomoção são de menos de dois quilômetros. Por isso, o usuário não estaria disposto a andar muito para encontrar patinetes ou estacioná-las.

"Se a prefeitura criar 5.000 estacionamentos, talvez esteja resolvido. Se criar 10, não estará."

Outro questionamento de Daud é em relação às cobranças para exploração do serviço. A prefeitura definiu que as empresas pagarão mensalidade de R$ 30 por patinete enquanto fazem seu credenciamento e se adaptam a nova regulação (o prazo é de 90 dias) e, depois, R$ 0,20 por viagem.

Daud afirma que não ficou claro quando a empresa passa de uma cobrança à outra. Também critica o aumento de custos no setor e o fato de que as bicicletas compartilhadas não pagam taxa semelhante.

"A patinete é um equipamento caro. As empresas de patinete não são bilionárias. É um modal ainda em testes, com muitos desafios operacionais. Regulações que oneram o setor são muito complexas."

A prefeitura, afirmando buscar a democratização do serviço, também definiu percentuais de patinetes que cada empresa deve colocar por região.

O executivo da Lime diz que há interesse em expandir o serviço para toda a cidade, mas a ampliação dele depende de planejamento para manter a sustentabilidade do modelo de negócios.

Daud diz que irá propôr a criação de um grupo de trabalho para discutir o tema das patinetes na cidade para que possam ser discutidos ajustes para a cidade.

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