Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Coronavírus

Industrial que visitou Toffoli com Bolsonaro diz que não pediu para abrir comércio

Segundo Synésio Batista, o que a indústria pede é para vender recebíveis ao Tesouro Nacional

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Após a repercussão da visita dos representantes industriais acompanhados de Bolsonaro ao STF, nesta quinta (7), o presidente da Abrinq (associação dos fabricantes de brinquedos), Synésio Batista, disse que a intenção não era pressionar pela reabertura da economia.

Ele afirma que a reunião foi marcada para descrever a Bolsonaro sobre as dores da indústria na crise do coronavírus e que quem os convidou para visitar o ministro Dias Toffoli foi o próprio presidente.

Segundo Batista, o que a indústria quer é vender seus recebíveis ao Tesouro Nacional.

Presidente da Abrinq, Synésio Batista - Rodrigo Capote/Folhapress

"Nós mostramos ao presidente o descompasso entre a indústria nacional e a internacional, que pode fazer uma devastação geral. Ele [Bolsonaro] nos perguntou como está o chão da fábrica. Terminado isso, ele disse que achava que tinha mais uma pessoa que precisava saber disso e nos convidou para acompanhá-lo para relatar a mesma coisa [ao ministro Dias Toffoli]. Atravessamos a rua e fomos. Não tinha aglomeração, confusão, nada. Todos de máscara, até o próprio Bolsonaro. Entramos e o presidente do Supremo nos ouviu", diz Batista.

De acordo com o presidente da Abrinq, o grupo também mostrou a Bolsonaro a preocupação com o futuro de suas folhas de pagamento, quando terminar o efeito da medida provisória que permite a suspensão dos contratos de trabalho.

"A hora que terminar o período de suspensão de contrato e redução de jornada e salário, estou falando de dois ou três meses, todos os funcionários voltam para a folha de pagamento normal. Só que neste período, a fábrica não estava vendendo. Em São Paulo pode produzir. As fábricas de brinquedo estão produzindo, mas não estão vendendo porque as lojas não estão abertas, ou seja, o governo vai devolver a folha inteirinha e não tem dinheiro para pagar porque o banco não deu dinheiro, o crédito não chegou", afirma.

No cenário de deterioração previsto por Batista, ele afirma que, quando a economia voltar a andar, as fábricas estarão debilitadas e há o risco de que não consigam entregar. O vácuo, segundo ele, será ocupado por produtos importados, provocando o fechamento das indústrias nacionais, segundo suas previsões.​

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas