Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Presidente da Gol vê cenário de falências e fusões na aviação
Paulo Kakinoff diz período vai exigir sacrifício de todos no segmento um dos mais abalados pela crise
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Taxa de embarque Em um dos mercados mais abalados pela crise do coronavírus, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, diz que o setor de aviação está passando agora por um período que vai exigir sacrifício de todos. Além da negociação com fornecedores e arrendadores de aeronaves, ele cita a proposta de postergar a redução no custo da folha de pagamento dos funcionários. As companhias aéreas foram as primeiras a aderir às medidas de corte de salário na pandemia.
Asa Kakinoff vê a crise em fases. A inicial, em que estamos, começou com o primeiro paciente no Brasil, mas só termina quando a contaminação começar a cair. A segunda será o período rumo a soluções com imunização, vacina ou tratamento médico capaz de minimizar a mortalidade. “Não estamos falando de algumas semanas. Talvez sejam meses”, afirma.
Nuvem O presidente da Gol diz que não acredita em um novo normal definitivo. As medidas adotadas na pandemia ficarão enquanto a ameaça do vírus durar, mas ele estima que, no futuro, as pessoas voltarão a voar com o padrão de conforto de antes.
Turbulência Kakinoff evita comentar o caso da concorrente Latam, que pediu proteção contra falência nos Estados Unidos na semana passada. “Todo o setor aéreo está em situação desafiadora”, afirma o presidente.
Embarque próximo O cenário que ele prevê no mundo todo são falências, fusões ou aquisições com troca de ações no setor. E as companhias estrangeiras que tiverem socorros mais fortes de seus governos podem sair favorecidas na competição pelas rotas de voo internacionais.
PROSA
“A gente tem desperdiçado muita energia, tempo e, consequentemente, recursos nessa disputa pela polarização"
Paulo Kakinoff, presidente da Gol
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