Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Em meio à onda de doações, terceiro setor teme reforma tributária
ONGs se incomodaram com proposta do governo de unificar PIS e Cofins
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Doação O terceiro setor ficou incomodado com a proposta de unificar PIS e Cofins apresentada pelo governo na terça (21). O receio é que, justo no momento em que a pandemia fez nascer uma onda gigante de solidariedade, suas receitas com doações, vendas em bazares ou serviços virem alvo do CBS, o novo imposto.
Cipoal Hoje, a maior parte das ONGs paga PIS de 1% sobre a folha de salário e tem direito a isenção de Cofins nas doações. A proposta do governo só cita a imunidade para organizações certificadas por ele como beneficentes de assistência social, que são minoria, diz a advogada Priscila Pasqualin, do PLKC.
Peso Procurado, o Ministério da Economia diz que não haverá aumento de carga. Vanessa Canado, assessora especial, afirma que a reforma acaba com a dúvida sobre quais receitas das ONGs são ou não tributadas e garante isenção a doações. A cobrança do PIS sobre a folha também acaba, diz. Por outro lado, a venda de bens e serviços será tributada.
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